Por: Tayllis Zatti
É inegável que quando a Bolsa de Valores entra em Bear Market (termo usado para especificar um momento de pessimismo predominante, que leva para uma queda geral nos preços dos ativos), os ânimos dos investidores ficam alterados. Porém, os mais experientes no mercado, sabem que risco e oportunidade andam de mãos dadas.
Inúmeras variáveis têm causado volatilidade e mexido com o preço dos ativos. No cenário doméstico, os vários debates acerca da reforma fiscal são motivos para mudar o humor dos investidores constantemente. Além disso, a tentativa do governo federal em antecipar a corrida eleitoral de 2022 e o embate entre bolsonaristas e STF tem causado instabilidade institucional, que nunca é bem recebida pelos mercados.
O teto de gastos também está na lista das preocupações constantes. O chamado Auxilio Brasil (novo Bolsa Família) terá seu valor reajustado. Porém, o mercado desconfia que, com isso, o compromisso com o teto será desrespeitado.
Sem falar nos novos e futuros aumentos da Selic, como forma de segurar a inflação que já preocupa no país. Em um cenário de alta de juros, os títulos de renda fixa voltam a ficar atrativos. Com a oferta de rentabilidade de dois dígitos, o investidor começa a ponderar até onde vale o risco de se manter na renda variável.
Além disso, acontecimentos do outro lado do mundo têm impacto sobre nosso mercado. Isso porque vivemos em uma economia globalizada.
Por exemplo, as bolsas mundiais interromperam ganhos e operaram em queda essa semana, em meio a temores sobre a variante delta da Covid, regulação de empresas de tecnologia na China, e a divulgação dos indicadores de comércio e indústria chineses com performance abaixo do esperado. A desaceleração da economia chinesa sinaliza uma redução na demanda por commodities vendidas pelo Brasil. Isso impacta o resultado da produção e, consequentemente, o preço das ações das empresas exportadoras de commodities.
A redução da expectativa de produção do setor automobilístico no Japão, apesar de sinais positivos do ministro das Finanças da Alemanha sobre a economia do país, também foi um dos fatores de queda das bolsas mundiais. E claro, a tensão no Afeganistão, com a tomada do poder pelo Taleban deixa os mercados inseguros quanto aos rumos políticos no Oriente Médio, interferindo diretamente no preço dos barris de petróleo.
Sabe o papel PETR4? Como a Petrobras é uma das empresas com maior liquidez na B3, e sensível às mudanças do preço dessa commodity, essa instabilidade internacional é sentida muito rapidamente por aqui.
Tudo isso foi o suficiente para ontem, quinta-feira, as bolsas americanas apresentarem uma sessão turbulenta. Conforme o fim da temporada de resultados se aproxima por lá, os três índices caminham para fechar a semana com perdas, no que pode ser o pior desempenho semanal do S&P500 e Dow Jones desde junho; e o pior de Nasdaq desde maio.
Já o Ibovespa, bom, a história não é muito diferente. A Bolsa caminha para emendar a segunda queda consecutiva nesta semana, e já estamos no mesmo patamar verificado em maio deste ano.
A tendência será sim de continuação dessa turbulência para os próximos meses, tanto no cenário externo quanto interno. Isso faz com que alguns ativos estejam com preços muito descontados, trazendo benefícios para você. O momento atual é de rara oportunidade para o investidor de longo prazo.
A recente divulgação dos resultados do 2T21 trouxe números muito positivos e que sinalizam clara retomada de vários setores da economia. Há boas empresas apresentando resultados financeiros consistentes. Ou seja, a boa notícia para o investidor que olha sempre para a análise fundamentalista, é que a queda no preço de diversas ações, decorre de fatores relacionados a cenários e não a problemas organizacionais.
Os balanços divulgados pelo setor bancário trouxeram ótimos números, assim como acontece com o setor de varejo. Em parte, a expectativa da retomada desse setor, por exemplo, já está precificada em suas ações, pois o mercado sempre antecipa. Contudo, há espaço para valorização no médio e longo prazo ainda.
Felizmente, temos uma janela de oportunidade tão boa ou melhor do que aquela que tivemos no pico da pandemia, em março de 2020. Infelizmente, a maior parte dos investidores tende a pensar apenas no curto prazo.
Entenda: investir nesse momento, em empresas sólidas, é como aproveitar uma liquidação!
E aqui vão algumas dicas para você, investidor!
- Mantenha a calma. Ninguém controla o mercado, mas você pode controlar o que vai fazer nele.
- O mercado se move em ciclos, entenda o que está acontecendo no momento, sempre se atualizando e se munindo de informações.
- Construa um portfólio diversificado, de acordo com o seu perfil de investidor.
- Considere a opinião de especialistas para avaliar as melhores oportunidades de investimentos.
- E claro, não posso deixar de falar que plataformas como a do Clube são essenciais nesses momentos de turbulência, já que a informação vira sua principal aliada.
E lembre-se, não deixe a oportunidade passar!
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