Nesta terça-feira (17), a FGV (Fundação Getúlio Vargas) divulgou o Monitor do PIB brasileiro (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre de 2021.
Os resultados não foram positivos, além disso, apontaram uma queda de 0,3% ante ao trimestre anterior. No entanto, em comparação com o mesmo período em 2020, houve um aumento de 12,1%.
“A economia apresentou retração de 0,3% no segundo trimestre comparado ao primeiro, evidenciando que houve certo otimismo com o resultado do primeiro trimestre, mostrando que ainda há um longo caminho para a retomada mais robusta da economia,” afirmou Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV,
Expectativa de alta x Realidade
Os dados do PIB apresentados pelo Monitor da FGV chegaram na contramão do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) divulgado pelo Banco Central (BC).
Afinal, o indicador apresentado pelo governo havia previsto um aumento de cerca de 0,12% para o PIB do segundo trimestre. Sendo assim, a alta seria referente a uma comparação com os três meses iniciais de 2021.
Em nota, a FGV afirmou que a economia acabou afetando de modo especial o trimestre devido aos efeitos da pandemia.
“Esses resultados sugerem que as taxas ajustadas sazonalmente devem ser analisadas com cautela, pois a pandemia pode ter influenciado os fatores sazonais, não apenas por razões econômicas como também estatísticas”, revelou o relatório.
Inflação alta é ruim para o PIB
As perspectivas não são boas para o PIB, pois a inflação medida no último índice IPCA acelerou o passo, chegando em uma alta de 8,99% no acumulado de 12 meses.
O aumento não foi uma surpresa para ninguém. Isso porque, devido ao cenário dos preços brasileiros, como a alta nas tarifas de energia e combustível, já era esperado que a inflação continuasse cada vez maior.
A taxa apresentada em julho colocou em holofotes o plano de metas do governo Federal, que havia planejado um teto máximo de até 5,25%. Ou seja, a inflação em 2021 passou bem longe disso.
E agora?
As previsões indicam que a inflação pode continuar subindo. Algumas medidas foram tomadas pelo Banco Central para a diminuição. Por exemplo, o aumento da taxa básica de juros, a Selic, que elevou em um ponto percentual, chegando a 5,25% ao ano.
Como o aumento na Selic, os analistas acreditam que a inflação vai acabar o ano muito acima do planejado com o teto da meta econômica ao final de 2021. No entanto, de acordo com os mesmos, ela voltará aos trilhos no ano que vem.
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