A Marfrig registrou receita líquida de 20,6 bilhões de reais no segundo trimestre de 2021, crescimento de 9% na comparação anual. O lucro líquido alcançou 1,7 bilhão de reais, 9% acima do registrado no segundo trimestre de 2020. O Ebitda Ajustado chegou a 3,9 bilhões de reais e a margem Ebtida foi de 19%. Dessa forma, a Marfrig registrou a maior receita histórica para um trimestre, consolidando a tendência de crescimento em 2021.
Esses resultados foram acompanhados pela menor alavancagem financeira já registrada pela companhia. A Marfrig encerrou o segundo trimestre deste ano com o índice em 1,45x em reais e 1,55x em dólares — considerando-se a relação entre dívida líquida e o Ebtida dos últimos 12 meses.
‘Estamos felizes em anunciar novamente resultados trimestrais históricos. Isso mostra a adequação de nosso modelo de operação e a excelência da nossa gestão’, diz Marcos Molina dos Santos, fundador e presidente do Conselho de Administração da Marfrig. Com os excelentes resultados alcançados no trimestre, o Conselho da Marfrig aprovou a distribuição aos acionistas de dividendos intermediários no valor de 958,4 milhões de reais. Em abril deste ano, a Marfrig já havia distribuído 141 milhões de reais em dividendos, referentes ao exercício de 2020. Além disso, o Conselho da Marfrig aprovou o cancelamento de 20 milhões de ações em tesouraria e a criação de um novo programa de recompra de ações de até 26,3 milhões de ações. Essas ações têm como objetivo a criação de valor para os acionistas da companhia.
Operação América do Norte
O grande destaque do período foi a Operação América do Norte — liderada pela National Beef — que bateu recordes em diversos indicadores ao aproveitar um cenário de aumento do volume de abates e do consumo no mercado americano, impulsionado pela chamada barbecue season (ou, temporada do churrasco, que coincide com o verão no hemisfério Norte). A receita líquida atingiu a marca histórica de 15,5 bilhões de reais (2,9 bilhões de dólares), o que representa um avanço de 7,4% sobre o mesmo período do ano passado. O lucro bruto foi de 4,1 bilhões de reais, com 9,6% de crescimento na comparação anual. Graças a esse desempenho, a América do Norte representou 76% da receita da Marfrig no período. O Ebtida Ajustado foi de 3,8 bilhões de reais, 8,7% superior ao registrado no segundo trimestre do ano passado, representando 96% do Ebtida total da companhia no trimestre. “A percepção do mercado é que a Marfrig é, cada vez mais, uma empresa americana”, afirma Tang David, vice-presidente de Finanças. “E isso nos traz uma enorme vantagem competitiva global.”
O mercado dos Estados Unidos continua a ser o maior consumidor dos produtos oferecidos pela Operação América do Norte (89%). Entre os mercados internacionais, Japão e Coreia do Sul geram 81% das receitas de exportação da National Beef.
‘Fomos beneficiados duplamente no período. A demanda por carne bovina segue alta na região, sobretudo nos Estados Unidos, e aumentamos as receitas do mercado externo, que tiveram reajuste de 30% nos preços’, diz Tim Klein, CEO da Operação América do Norte da Marfrig.
Operação América do Sul
A Operação América do Sul da Marfrig gerou receita líquida de 5 bilhões de reais, um crescimento de 14,1% na comparação anual. O desempenho é justificado pelo aumento de 21,1% no preço médio de vendas totais na região. O lucro bruto atingiu 389 milhões de reais, e a margem bruta chegou a 7,7%.
As exportações seguem como destaque e representaram 57,7% da receita total no trimestre. Os maiores mercados da Operação América do Sul da Marfrig continuam sendo a China e Hong Kong, que responderam por 61% das vendas internacionais da companhia.
“Nosso programa de eficiência operacional foi essencial para o momento desafiador na região. Fomos capazes de capturar 30 milhões de reais no trimestre, seguindo a estratégia de reduzir custos e focar na venda de produtos industrializados’, afirma Miguel Gularte, CEO da América do Sul. No trimestre, os produtos industrializados representaram 15% da receita total da Operação.
O Uruguai foi o destaque da Operação América do Sul no período. Segundo o Instituto Nacional de Carnes (Inac), os abates aumentaram 33,5% e os preços da arroba caíram 17% na comparação com o segundo trimestre de 2020, o que já sinaliza uma oferta maior de animais nos próximos anos.