📈 CENÁRIO ECONÔMICO & MERCADOS

Retornamos em meio ao dia do FOMC, a decisão de juros do banco central americano, largamente aguardada em meio aos desafios do cenário atual, o qual inclui a contínua e determinada inflação nos EUA, o aumento de casos de COVID-19 e a variante delta e as disputas no congresso americano.

Não há praticamente dúvidas quanto à decisão em si; porém os desafios enfrentados pela autoridade monetária colocam o risco relativamente equilibrado nos dois lados, ainda assim, pendendo mais à inflação.

Os generosos programas de auxílio desemprego têm cobrado seu elevado preço com a ausência de trabalhadores em faixa de renda inclusive que superam o valor oferecido pelo governo.

A chegada do verão forte no hemisfério norte trazia a esperança de uma recuperação econômica mais intensa, porém o problema da mão-de-obra, em especial temporária atingiu diversos estados, comprometendo inclusive a capacidade de entrega do mínimo em termos de serviços.

Outro ponto é a contínua falta de uma série de produtos, em especial alimentos, com motivos que variam desde um inverno mais intenso no hemisfério sul e geadas que podem comprometer a oferta de diversos itens, como a formação de estoques novamente acelerada de diversos países como a China e o calor mais intenso no hemisfério norte.

Além disso, o efeito inflacionário dos programas de estímulo não pode obviamente serem desprezados neste momento, dado que ainda não existe sinal concreto de que o Fed e o governo americano devam cortar esta linha de liquidez que estimula também aos mercados.

A “cobertura” deste imbróglio todo vem com a variante Delta e os temores de que o processo de recuperação econômica seja rechaçado pelo aumento de casos da COVID-19 e a preocupação de novas ondas pandêmicas.

O verão intenso no hemisfério norte tem gerado uma movimentação humana bastante intensa; a qual se mostrou “eficiente” na transmissão do novo vírus, dada sua capacidade de reprodução acelerada.

A vacinação ajuda exatamente quem está imunizado; porém não evita a contaminação e retransmissão e nisto reside os temores quanto às projeções de PIB e atividade. Não está fácil ser autoridade monetária neste momento.

📊 ABERTURA DE MERCADOS

A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa pela decisão do FOMC e com balanços.

Em Ásia-Pacífico, mercados em queda, com temores do aumento das regulações das autoridades chinesas sob as techs.

O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operando positivos em todos os vencimentos.

Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao cobre e ouro.

O petróleo abre em alta em Londres e Nova York; com as reduções de oferta de combustível nos EUA, apesar do aumento de casos de Coronavírus.

O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -1,96%.


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