Vale: Cia informa alta de 12% na produção de minério no trimestre
A Vale comunicou por meio de relatório uma alta de 12% na sua produção em relação ao 2T20, totalizando 75,7 milhões de toneladas de minério de ferro no trimestre, mantendo ainda sua meta de extração para o ano.
A mineradora ainda informou que revisará seus planos de produção para metais básicos, como níquel e cobre, para o ano, em virtude de incertezas relacionadas a greves em Sudburry, no Canadá, iniciada em junho, que registrou queda de 15,3% em relação ao mesmo período de 2020 e recuo de 14,3% em relação ao trimestre anterior, além do processo de segurança e manutenção em Sossego e Salobo
O minério de ferro teve suas vendas impulsionadas por conta da forte demanda chinesa para a produção de aço, o que fez com que as vendas da comodity da Vale subissem 23,1% ante o 2T20 e 13,4% em relação ao 1T21, e totalizassem 67,2 milhões de toneladas entre abril e junho, e ainda um prêmio de mais de US$8/tonelada.
“Considerando o plano de lavra de minério de ferro e a implementação de novas iniciativas, a Vale alcançou uma capacidade de produção de 330 milhões de toneladas por ano, principalmente devido Serra Leste ter alcançado sua capacidade total”, afirmou a empresa
O volume de vendas de finos e pelotas de minério de ferro totalizou 74,9 milhões de toneladas no segundo trimestre, alta de 14,2% versus o primeiro trimestre, com o aumento da produção de minério de ferro.
Impacto: Neutro. Apesar do crescimento na produção, o número veio em linha com o consenso de mercado, o que deve limitar movimentações mais intensas do papel.
Assaí: Cia firma acordo para venda e locação de 5 imóveis por R$364 milhões
A rede Assaí comunicou por meio de documento enviado à CVM, ter firmado um acordo num valor de R$364 milhões, pela venda de cinco imóveis para um fundo de investimento administrado pela BRL Trust e gerido pela TRX, dona do fundo TRXF11, para comercialização, desenvolvimento e locação de cinco imóveis da companhia espalhados por São Paulo, Rio de Janeiro e Rondônia.
A operação contempla a venda de um imóvel já construído e de outros 4 terrenos, sobre os quais serão realizadas obras de construção e desenvolvimento imobiliário.
A rede afirma que “o valor de venda e de custeio das obras de construção dos Imóveis servirá de base para a definição do valor final dos aluguéis mensais dos Imóveis, conforme contratos de locação para cada um dos Imóveis”.
Os imóveis serão todos da bandeira Assaí, ocupando uma área de 160.177,13 metros quadrados de terreno e 69.705,97 metros quadrados de área construída.
Impacto: Positivo. Vemos com bons olhos a venda dos imóveis realizada à TRX, que possui vasta experiencia na administração de lojas de supermercados tanto do Assaí como do Pão de Açúcar, elevando a liquidez da companhia.
Carrefour Brasil: Rede anuncia troca do CEO Noël Prioux
O Carrefour Brasil anunciou que Stéphane Maquaire assumirá a presidência da operação, sucedendo Noël Prioux, que deixa o cargo após mais de 4 anos, com previsto para o início de setembro
Noël e Stéphane estarão juntos no processo de transição, com Noel como diretor executivo da América Latina até o final deste ano.
O grupo afirmou que “no período, elevou substancialmente o índice de satisfação dos clientes e o Carrefour Argentina consolidou sua posição de liderança no país, com significativo ganho de participação de mercado nos anos de 2019, 2020 e 2021. Stéphane também desempenhou papel-chave na a aceleração do e-commerce na Argentina”, ressaltando que o executivo tem ampla experiência no varejo, tendo atuado como CEO em companhias como Monoprix, Vivarte e Manor.
Impacto: Neutro. A saída de Noël Prioux já era esperada pelo mercado e não deve resultar em grandes movimentações para o papel.
IRB: Cia afirma que nova norma da Susep deve reduzir seus custos financeiros
O IRB divulgou um documento explicando as possíveis consequências nos seus resultados da Circular Susep 634, a qual regulamenta a Resolução CNSP nº 412. Segundo a companhia, essa circular define os parâmetros de cálculo sobre as provisões técnicas, ativos redutores da necessidade de cobertura das provisões técnicas, capital de risco baseado nos riscos de subscrição, de crédito, operacional e de mercado, patrimônio líquido ajustado, capital mínimo requerido, entre outros.
Entre as mudanças mais significativas da circular destaca-se a revogação da necessidade da margem de liquidez (20% do capital de risco), prevista para entrar em vigor no início de dezembro deste ano. Ela prevê que as empresas possam definir internamente mecanismo de gestão e mensuração de risco de liquidez e documentá-lo em política.
“Especificamente com relação ao IRB Brasil RE, ao se utilizar como base as demonstrações financeiras encerradas em 31 de março de 2021, o requerimento regulatório seria reduzido em no máximo R$ 345 milhões, e, em consequência, a melhora da suficiência de liquidez regulatória ocorrerá a partir de dezembro de 2021. Neste aspecto específico não haverá efeitos diretos no resultado econômico da companhia”.
Outra mudança é a possibilidade de redução da necessidade de cobertura das provisões técnicas dos recursos dados em garantia das operações internacionais.
“Este poderá ser um redutor da necessidade de cobertura de provisões técnicas, devendo o valor máximo da redução se limitar ao valor do passivo a ser coberto com ativos admitidos pelo regulador. Com relação à companhia e considerando as demonstrações financeiras encerradas em 31 de março de 2021, pode-se observar um montante em conta corrente remunerada em dólar junto a instituições financeiras internacionais (Collateral de Stand-by Letter of Credit) de R$ 752 milhões”.
Impacto: Positivo. Com a nova norma da Susep, o IRB poderá reduzir suas provisões, o que pode diminuir a pressão de seu resultado financeiro.
Fonte: Guide Investimentos