📈 CENÁRIO ECONÔMICO & MERCADOS
Nem mesmo as perdas da sexta-feira, com os mercados globais pesados e o dólar em franca expansão conseguiram apagar os ganhos semanais do Real, no seu ritmo de recuperação de valor, após as decisões de política monetária.
Há espaço obviamente para se firmar como tendência, porém os sinais emitidos a curto prazo parecem promissores; em especial atenção aos efeitos deinflacionários a serem observados nos índices de preços ao atacado (IPAs).
A semana repleta de indicadores relevantes traz dados de toda a sorte no Brasil e no exterior, onde localmente se destacam o IPCA-15, nota para imprensa do setor externo, coleta de impostos, dados fiscais e por fim, a ata da última reunião do COPOM.
Neste caso, a tradicional “cartomancia” vai buscar os sinais de novos movimentos de política monetária do BC; a visão sobre o curto prazo e a duração do atual e forte ciclo de aperto.
No exterior, destaque para a série de ISM e PMI, o índice IFO na Alemanha e nos EUA, pedidos de bens duráveis, dados do mercado imobiliário e principalmente, o PIB.
Neste cenário, trazemos alguns pontos que demandam atenção daqui em diante; podendo ser um importante ponto de inflexão da curva para o panorama global tanto de economia, quanto de mercado.
Primeiro o arrefecimento do que se preconizava como super ciclo de commodities, com a acomodação das compras chinesas e o derrame de alguns itens importantes dos estoques reguladores, em especial o minério de ferro nos mercados de forma a reduzir a especulação. Este ainda é um processo em
andamento, mas chama a atenção à possível repercussão ao mercado brasileiro, fortemente baseado em commodities.
Outro ponto é a retomada da cadeia de suprimentos, a qual lentamente tem entregado parte dos atrasos recentes e reduzindo o impacto ainda corrente da falta de matérias-primas, bens intermediários e de capital.
Todavia, tal processo tem sofrido tanto com o aumento desproporcional da demanda por fretamento; levando a filas em diversos portos chineses, como surtos pandêmicos em algumas regiões, atrapalhando a melhor retomada.
Por fim, a chegada do verão no hemisfério norte e as consequências macroeconômicas positivas do processo de imunização na atividade.
📊 ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, após a pior semana para os mercados globais desde setembro.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos na maioria, seguindo a tendência do fechamento dos mercados no ocidente.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, com queda no minério de ferro.
O petróleo abre em leve alta em Londres e Nova York, dividido entre o dólar mais forte, Irã e chegada do verão no hemisfério norte.