Pesquisa da Delloite mostrou que o estresse relacionado ao trabalho tem afetado as mulheres e sua relações com os empregadores. O levantamento apontou que 51% das mulheres estão menos otimistas sobre suas perspectivas de carreira do que antes da pandemia. O aumento da carga de trabalho e das responsabilidades domésticas durante a pandemia da Covid-19 tem causado profunda insatisfação entre mulheres que estão ativas no mercado corporativo. É o que aponta o relatório Women @ Work: A global outlook, publicado pela Deloitte Global.

O levantamento, feito com 5 mil mulheres em 10 países, revela que 51% das entrevistadas estão menos otimistas sobre suas perspectivas de carreira. Estresse, esgotamento e piora da saúde física e mental foram alguns dos motivos apontados pelas participantes. Muitos relatos das profissionais também indicaram que, desde o início da crise sanitária do coronavírus, houve quedas na satisfação no trabalho, motivação e produtividade. Outro ponto que chama a atenção é que mais da metade delas espera deixar o emprego atual dentro de dois anos ou já está à procura de uma nova colocação profissional. Quase um quarto pode deixar a força de trabalho para sempre.

Embora 2020 tenha sido desafiador, com índices de retrocesso da equidade de gênero no mercado de trabalho, há um grupo de empregadores que se destacou na construção de culturas inclusivas e no apoio às carreiras femininas. Eles são chamados pelo relatório da Deloitte como “Líderes da igualdade de gênero”, e empregam cerca de 4% das entrevistadas. O feedback delas com relação a esse tipo de gestão foi desde confiança em relatar comportamentos não inclusivos no ambiente profissional, apoio da liderança no que diz respeito ao equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal até o progresso na trajetória profissional tão rápido quanto deveria.

O que as empresas devem fazer para reter suas profissionais e apoiar o avanço da igualdade de gênero no trabalho?

Os empregadores devem agir agora para cultivar locais de trabalho inclusivos todos os dias, tendo em mente a igualdade de gênero.

Normalizar o trabalho flexível, comprometer-se com a representação de gênero no nível sênior e proporcionar oportunidades de desenvolvimento satisfatórias para as mulheres, entre outras ações claras, são algumas das recomendações apontadas pelo relatório para que as empresas possam fortalecer a lealdade das trabalhadoras à medida que emergimos da pandemia da Covid-19.

“À medida que começamos a reconstruir o local de trabalho pós-pandemia, é responsabilidade das empresas reconstruir a forma como trabalhamos com a igualdade de gênero em mente: um ambiente que funcione para todas e todos, e que seja adequado para o futuro”, diz Michele Parmelee, vice-presidente executiva global da Deloitte.

Para ler a pesquisa na íntegra, em inglês, acesse: https://bit.ly/3gcDW2a.

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