Criptomoedas: especialista lista cuidados ao investir

Ao que tudo indica, o Banco Central do Brasil está trabalhando na criação do “Real Digital”, a primeira moeda digital brasileira. A autoridade financeira segue a tendência mundial de digitalização do dinheiro, a exemplo da China, primeira potência mundial a lançar sua moeda digital, e dos Estados Unidos, que prometem o dólar digital até julho de 2021.

O que é uma moeda digital

Segundo o professor de Economia da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) Matheus Albergaria, pode ser visto como moeda virtual todo “dinheiro digital” criado e armazenado eletronicamente.

É preciso delimitar algumas definições:

– A moeda digital é uma versão digital do dinheiro e, teoricamente, deve cumprir as funções básicas de uma moeda. Ou seja, deve funcionar como: (i) meio de troca, (ii) unidade de conta e (iii) reserva de valor.

– As cryptomoedas, como o Bitcoin, são um subgrupo das moedas digitais. Toda cryptomoeda é uma moeda digital, mas nem toda moeda digital é uma cryptomoeda.

– Serviços como o Pay-pal, que cria uma carteira digital para o usuário, que pode adicionar cartões de crédito como forma de pagamento, podem ser comparados às moedas digitais, embora apresentem diferenças em termos de funcionalidades específicas.

Vantagens

Segundo Albergaria, “as moedas digitais devem ter as mesmas três funções clássicas de uma ‘moeda física’: ser meio de troca, ser uma reserva de valor e ser unidade de conta, como falam os economistas, tecnicamente. A grande vantagem é que ela reduz o que os economistas chamam de tempo de transação.”

O ex-professor da Universidade de Chicago e Nobel de Economia de 1991, Ronald Coase (1910-2013), teorizou sobre a importância dos chamados “custos de transação” em economia.

Basicamente, os custos de transação correspondem aos custos de utilização do mercado, segundo Coase. Exemplos de custos dessa natureza são os recursos gastos com a utilização de moedas físicas, como as idas ao banco para sacar dinheiro, os custos de armazenamento e moeda, o transporte das cédulas pelas instituições bancárias, dentre outros.

“Se imaginarmos que, nos anos de 1980 e 1990, quem precisasse de dinheiro tinha que obrigatoriamente se dirigir a um banco, em dias e horários específicos, e esperar em uma fila para sacar o dinheiro, para a partir daí realizar transações, podemos notar que as moedas digitais facilitam muito o funcionamento dos mercados em economias capitalistas, uma vez que reduzem consideravelmente os custos de transação”, diz Albergaria.

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Entraves no brasil

O professor diz que a criação de moedas digitais deve ser uma tendência para os próximos anos, mas vê entraves para sua concretização no país no momento atual.

“Veremos cada vez mais iniciativas de empresas e bancos centrais para criar moedas digitais. Contudo, no Brasil, há desafios: a falta de educação financeira do brasileiro médio, e o acesso à internet, que não é universal. Mais do que isso, durante a pandemia, fica a dúvida de como a economia brasileira vai reagir aos efeitos adversos da Covid-19, assim como a maneira a partir da qual a instauração de uma moeda digital se daria no atual contexto econômico, que se encontra bastante fragilizado, na verdade”.


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