A Caixa Econômica Federal revelou que pretende levar a empresa de saneamento BRK Ambiental e a de logística VLi à Bolsa. Ambas fazem parte no portfólio do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS), gerido pelo banco público.
O desejo da Caixa para os desinvestimentos vem em seguida da estatal emplacar a listagem de sua divisão de seguros, a Caixa Seguridade, em abril. A abertura de capital da seguradora levantou R$ 5 bilhões. Os papéis tiveram valorização de 3,9% sobre os R$ 9,67 com que foram vendidos na oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na estreia, negociados a R$ 10.
As ofertas da BRK Ambiental e VLi ainda dependem de aprovação do Comitê de Investimentos do FI-FGTS.
A BRK é uma das maiores empresas privadas de saneamento do Brasil. A empresa é resultado da compra do controle da Odebrecht Ambiental pela Brookfield, há cerca de quatro anos. O fundo de investimento da Caixa detém 30% do negócio.
Já a VLi, controlada pela Vale, e que tem como sócio o FI-FGTS com participação de 15,90%; é vista como um ativo “maduro” e que atingiu todas as expectativas de retorno, estando pronto para um IPO. É estimado um valor por volta dos R$ 2 bilhões pela oferta.
A B3 teve no trimestre, cinco ofertas iniciais de ações (IPOs) e sete ofertas subsequentes (follow-ons) que movimentaram R$ 32,8 bilhões de reais. O movimento só não foi maior devido à volatilidade no mercado que, se elevou os volumes de negócios, por outro lado levou mais de 30 empresas a desistirem de listagem na bolsa.
Impacto: marginalmente positivo. Uma possível aceleração de desinvestimento das estatais poderá beneficiar a receita da B3 por meio das ofertas públicas e aumento do número de novas companhias listadas.