A GOL Linhas Aéreas Inteligentes anunciou o resultado consolidado do primeiro trimestre de 2021 (1T21), detalhando também suas iniciativas contínuas em resposta à pandemia de Covid-19.
O primeiro trimestre deste ano foi marcado pela transição entre uma sólida recuperação na atividade do mercado de transporte aéreo doméstico, observado durante o período de alta temporada, para uma rápida deterioração nos níveis de demanda em função dos impactos da segunda onda da pandemia de Covid-19 que resultaram no arrefecimento da curva de vendas futuras. Desta forma, a GOL adotou a mesma disciplina na gestão de sua capacidade, que tem sido seu principal diferencial perante os concorrentes desde o início do enfrentamento desta crise, e reduziu sua oferta ao final de março/21 com o objetivo de proteger sua liquidez durante este período mais curto de desaceleração na demanda. “Temos demonstrado a agilidade necessária para ajustar nossa oferta de acordo com as oscilações nos níveis de demanda e felizmente, observamos que esta segunda onda já mostra uma tendência de queda no número de casos e que se reflete, ao longo das últimas semanas, na retomada da recuperação dos patamares de vendas. Da mesma maneira, a GOL irá emergir mais forte com o início da normalização dos mercados; utilizando de sua disciplina de capacidade associada à progressão do Programa Nacional de Imunização”, disse Paulo Kakinoff, Diretor-Presidente.
Ao final de março, os acionistas da GOL e maioria dos acionistas minoritários da Smiles, aprovaram a proposta de reorganização societária para combinar as duas subsidiárias operacionais GLA (“GOL Linhas Aéreas”), a maior empresa aérea doméstica do Brasil, e Smiles, o programa de milhagem líder brasileiro. “A aprovação desta operação por parte dos acionistas GOL e Smiles sinaliza a confiança na gestão da Companhia e ocorre no momento mais propício para permitir a maximização da criação de valor futuro do grupo. Esta transação é autofinanciável, ou seja, acontece através da própria geração de caixa operacional da Smiles e muito superior quando consideradas as potenciais sinergias operacionais, financeiras e fiscais que não estavam disponíveis enquanto as empresas eram apartadas.
A GOL segue pioneira no alinhamento quanto às tendências globais de ESG, e implementou uma Política de Sustentabilidade para orientar o estabelecimento de programas e estratégias ambientais, sociais e de governança em linha com o padrão do Sustainability Accounting Standards Board (“SASB”) para o setor de aviação civil. Em março/21, a Companhia completou 10 anos de Padrão Ouro no Programa Brasileiro GHG Protocol; pelos esforços voluntários em medir, entender, buscar soluções e dar transparência ao impacto ambiental das operações.
Adicionalmente, a GOL inaugurou uma seção específica sobre ESG em seu site de Relações com Investidores com informações detalhadas sobre suas políticas, dados estatísticos e metas futuras que proporcionam uma visão clara sobre o engajamento da Companhia e um guideline de como a Administração conduzirá seus negócios de forma consistente e cada vez mais alinhada a este relevante tema para a sociedade.
“Neste ambiente operacional desafiador para as empresas aéreas, o compromisso dessa indústria com as iniciativas ESG é fundamental. A Companhia visa incentivar a indústria aérea a enfrentar as mudanças climáticas, a desigualdade social e as questões de governança; tornando-se mais sustentável, inclusiva e transparente.”, disse Celso Ferrer, Diretor Vice-presidente de Operações.
Sumário dos Resultados do 1T21
O número de Passageiro-Quilômetro Transportado Pago (RPK) reduziu 44% comparativamente ao 1T20, totalizando 5,6 bilhões;
O Assento Quilômetro Ofertado (ASK) diminuiu 44% em relação ao 1T20;
A GOL transportou 4,5 milhões de Clientes no trimestre, uma redução de 46% versus o 1T20;
A receita líquida foi de R$1,6 bilhão, uma queda de 50% em relação ao 1T20. As outras receitas (principalmente cargas e fidelidade) totalizaram R$151 milhões, equivalente a 9,7% das receitas totais;
A Receita Líquida por Assento Quilômetro Ofertado (RASK) foi de 22,40 centavos (R$), redução de 11,3% em relação ao 1T20. A Receita de Passageiros Líquida por Assento Quilômetro Ofertado (PRASK) foi 20,24 centavos (R$), queda de 14,2% em relação ao 1T20;
O EBITDA e o EBIT ajustados foram de R$354 milhões (margem de 23%) e R$208 milhões (margem de 13%), respectivamente; e refletem o resultado do nosso gerenciamento racional e responsável da oferta em relação à demanda; e
O prejuízo líquido após participação de minoritários foi de R$ 892 milhões, excluindo variações cambiais e monetárias, despesas líquidas não recorrentes; ganhos relacionados a Exchangeable Notes e resultados não realizados de capped calls.
Resposta à “Segunda Onda” da Pandemia de Covid-19
Desde o início desta crise, a GOL tem administrado seus negócios de maneira ágil e conservadora, de forma a garantir, além da segurança de Clientes e Colaboradores, a sustentabilidade financeira para o momento de retomada da demanda. Nessa nova fase da pandemia, a Companhia tem preservado seu balanço patrimonial a partir das seguintes iniciativas:
Controle dos patamares de custos variáveis da operação, por meio da gestão prudente da capacidade; adequando-se aos atuais patamares de demanda reduzida e maximizando a utilização das aeronaves 737 MAX no mercado doméstico de longa etapa média;
Ajustes nos custos relacionados à folha de pagamento, através de novas renegociações sindicais, que compreendem a extensão da redução de jornada e salários; além de novas suspensões de contratos de trabalho;
Renegociações com os principais fornecedores essenciais para a obtenção de novas extensões de passivos operacionais e de pagamentos correntes;
Renegociação com os lessores para extensões de prazo nos diferimentos de pagamentos e manutenção em seus contratos de arrendamentos; dos componentes de custo variável em parte da frota (Power-by-the-hour);
Redução dos investimentos em Capex de manutenção de motores por meio da redução da capacidade durante o período; de forma a reduzir a utilização de caixa para a frota corrente;
Manutenção da exposição de crédito e obtenção de rolagens nas dívidas de capital de giro (debêntures e Finimps) com os principais bancos parceiros brasileiros para reduzir o fluxo de caixa financeiro; e
Cortes de investimentos não essenciais e priorização somente de projetos que gerem rentabilidade no curto prazo.