📈 CENÁRIO ECONÔMICO & MERCADOS
Resumindo a sessão de ontem: mercados voláteis tanto aqui, quanto no exterior e com foco em meados da sessão à ata da última reunião do FOMC, comitê de política monetária do Federal Reserve.
A ata da última reunião do FOMC trouxe alguns pontos importantes a serem notados, entre eles a assunção de que o aumento do balance sheet está fornecendo o apoio necessário ao crescimento econômico dos EUA, portanto, nada de redução este ano das compras mensais de US$ 120 bi.
Emitem sinais de que a economia está se recuperando de maneira robusta, mas poderá haver mudanças mais substanciais quando tais sinais se mostrarem totalmente sólidos e não somente movimentos de curto prazo, ou seja, isso pode levar um tempo.
Tudo isso contraria a visão menos dovish dos dotplots indicada nas projeções do Fed, divulgadas com o comunicado da última reunião e entre os pontos intrigantes, está a menção de que “condições desordeiras nos mercados de Treasuries são fonte de preocupação”.
Além disso, apesar da ata predominantemente dovish e “cheia de dedos” para sinalizar o fim dos estímulos; houve uma intensa discussão sobre a meta de inflação deste ano e se tais estímulos poderiam criar um impulso inflacionário.
Esperamos que o Fed comece a dar sinais mais concretos de possível alteração de política a partir do segundo semestre; quando os efeitos da vacinação em massa, o verão no hemisfério norte e os movimentos de commodities possam dar o tom mais claro de 2022.
Por enquanto, o tom mais “suave” da ata comparativamente ao comunicado garante a continuidade do aumento do balance sheet e uma política monetária estimulativa; combinada com os programas de estímulo fiscal por parte do tesouro americano.
Localmente, a volatilidade tem na política sua principal fonte, com Lira citando mais do que constantemente que o orçamento foi feito com anuência do ministério da economia e deve ser respeitado da forma que está, mesmo que signifique a quebra das regras das leis orçamentárias e que possa inclusive levar a um processo de impeachment.
Desde tom de brincadeira, até citações mais firmes; a situação orçamentária agora depende dos vetos de Bolsonaro e de como enfrentar as casas legislativas após tais feitos. Atenção hoje à ata do BCE, Powell. Guedes e RCN na agenda.
📊 ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, após mais um recorde das bolsas americanas.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, após a leitura da ata do FOMC.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceto minério de ferro. O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, com crescimento inesperado dos estoques da gasolina nos EUA.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -1,05%.