No primeiro relatório de resultados financeiros pós-IPO (Oferta Pública de Ações) na B3, a Mosaico – maior plataforma de conteúdo e originação de vendas para o comércio eletrônico do Brasil – anuncia crescimento de 103% na receita bruta anual, que atingiu R$ 262,7 milhões, e de 175% no EBITDA ajustado, com uma margem EBITDA ajustada de 174,7%, evidenciando o desempenho operacional e o sucesso na captura de sinergia na integração de Zoom e Buscapé. No período, o lucro líquido ajustado foi de R$ 60,1 milhões, o que representa um acréscimo de 38,3% em relação a 2019.
As iniciativas da companhia em 2020 conduziram a um expressivo desempenho operacional, com 960 milhões de visitas nas plataformas da Mosaico, o que representa um crescimento de 125% na comparação ano-a-ano, e um aumento de 112% na média mensal de visitantes únicos.
“O ano de 2020 foi um período de incertezas geradas pela pandemia da Covid-19 e a maior crise sanitária da história. E nossa estratégia foi a de reforçar o compromisso de apoiar ainda mais os nossos colaboradores; consumidores e parceiros nesse momento”, afirma Thiago Flores, CEO da Mosaico. “Os resultados refletem essa visão de fortalecer nossa operação e oferecer soluções e serviços que contribuam cada vez mais em toda a jornada de compras online”, complementa.
No período, o GMV (Gross Merchandising Volume ou Volume Bruto de Mercadorias) originado a partir das plataformas de Mosaico para os lojistas parceiros totalizou R$ 4,2 bilhões, um crescimento de 122,3% na comparação com o ano de 2019. O desempenho é explicado por uma conjunção de três principais fatores: a aceleração causada pelos efeitos da pandemia da Covid-19 no mercado de comércio eletrônico no Brasil durante o ano de 2020; a aquisição de Buscapé, consolidada a partir de novembro de 2019; e a eficiência operacional da companhia, que manteve a intensidade de seus esforços na criação de conteúdo; melhoria da experiência do usuário e qualificação de tráfego.
Vale destacar que, no quarto trimestre de 2020; o GMV originado pelas lojas parceiras teve crescimento de 37% enquanto a receita bruta apresentou acréscimo de 30%. Um desempenho que reflete os impactos que a pandemia teve na sazonalidade de compras no varejo eletrônico; com antecipação de consumo de produtos de tíquete maior, que são o maior volume de transações originadas na plataforma da Mosaico, em trimestres anteriores.
Destaques: cashback e Big Data
No relatório de resultados, a Mosaico anuncia que planeja lançar o serviço de cashback em maio de 2021. Uma ferramenta complementar à proposição de valor da Mosaica, o objetivo do programa é aumentar a presença da empresa na fase final da jornada de compras permitindo incrementar o GMV originado para os lojistas parceiros, elevar a recorrência das visitas em suas plataformas e aumentar a quantidade de dados sobre os consumidores.
A implementação do cashback reforça a parceria estratégica com o BTG Pactual, responsável pela implementação da carteira digital do programa de cashback. O acordo também prevê a oferta de serviços financeiros para usuários da Mosaico e o desenvolvimento de uma plataforma de e-commerce; com uma das marcas de Mosaico para os clientes do BTG+, banco digital de varejo do grupo.
Também dentro da estratégia de fortalecer seu papel como referência na jornada de compra, ser destino para procura de ofertas e aproveitar o grande fluxo de visitantes em suas plataformas, a Mosaico intensificou o conteúdo editorial na etapa inicial da jornada de compra, quando o consumidor está decidindo o que comprar e nas informações dos varejistas, incluindo dados como frete e promoções, buscando apresentar o preço final de forma mais precisa no Zoom e vai começar a produção para o Buscapé, explorando a força da marca.
Ainda durante 2020, a Mosaico concluiu a integração do Buscapé, gerando eficiência operacional e sinergias de custo, desenvolveu o robô de assertividade (que reforça a qualidade de serviços), enriqueceu o conteúdo do varejo (com inclusão do cálculo de frete para grande parte de das ofertas), redesenhou a parte de arquitetura de microserviços (que permitiu reduzir o tempo para escalar sistemas de horas para minutos), lançou uma plataforma de Big Data (que auxilia a marca com o alto volume de tráfego) e está na fase final de teste de busca personalizada com machine learning (que oferece uma experiência individualizada nas buscas e maior precisão nos resultados).
“Estamos focados em entregar projetos fundamentais para nos consolidarmos como indispensáveis na jornada de compra do consumidor brasileiro. Os recursos levantados no IPO nos dão a flexibilidade para executar ou acelerar projetos por meio de aquisições. Nesse sentido, estamos analisando dezenas de empresas, sempre avaliando a aderência com nossa visão estratégica e a qualidade dos times que irão empreender junto conosco”; destaca Thiago Flores.
IPO na B3
A Mosaico (MOSI3) estreou na bolsa brasileira em 5 de fevereiro de 2021, listada no Novo Mercado. O preço por ação havia sido precificado no topo da faixa, que ia de R$ 15,40 a R$ 19,80. Foram realizadas ofertas primária e secundária e a captação total alcançou R$ 1,215 bilhão. No fechamento do primeiro pregão; foi registrada alta de 97% das ações da Mosaico e o volume de negócios gerado foi de R$ 897,7 milhões na estreia na B3.