A terça-feira começa com aversão ao risco nos mercados globais, que reagem ao aumento no número de casos da Covid-19 na Europa – o que se soma ao descontrole da pandemia por aqui e deve fazer com que a abertura seja negativa para a bolsa brasileira. Além disso, as expectativas giram em torno das falas de Jerome Powell, presidente do Fed, na Câmara norte-americana. O que se espera é que Powell enfatize a recuperação acelerada da economia do país, em linha com o discurso adotado na decisão de taxa de juros na semana passada.
Na agenda do dia, destaque para a ata do Copom, divulgada há pouco pelo Banco Central, que voltou a falar sobre: (i) atividade mais fraca em função da pandemia; (ii) movimento internacional de reprecificação de ativos, que pode ser prejudicial para as economias emergentes; (iii) expectativas para inflação acima da meta no horizonte relevante. Além disso, o BC voltou a sinalizar que na sua próxima reunião um movimento de igual magnitude, ou seja, alta de 75bps, deverá ser realizado.
No noticiário corporativo, a Marisa (AMAR3) divulgou um resultado pressionado. A receita líquida da companhia caiu 7,2% na comparação com o 4T19 e mesmo reduzindo os estoques e o SG&A, a companhia teve um prejuízo líquido de R$ 28,9 milhões. Já a Alupar (ALUP11), olhando para o resultado regulatório, teve aumento de 18% na receita líquida, com a entrada em operação de algumas estações de transmissão, mas isso também trouxe elevação nos custos, e com aumento nas despesas financeiras, o lucro líquido caiu 50%. A Track & Field (TFCO4) entregou crescimento de 34,4% na receita líquido, com destaque para a alta de 227% nas vendas no e-commerce. O lucro líquido ajustado da companhia mais do que dobrou na comparação com o 4T19, para R$ 22 milhões. Já sobre o 1T21, o IRB (IRBR3) anunciou que lucrou R$ 19,9 milhões em janeiro, revertendo prejuízo, e a Usiminas (USIM5) que as vendas da unidade de siderurgia até 20/03 foram 18% acima da média diária do 1T20.
Há pouco, os mercados europeus operavam no campo negativo: Londres cedia 0,42% e Frankfurt operava em queda de 0,24%. Nos EUA o comportamento dos índices futuros era semelhante e, há pouco, Dow Jones e S&P futuros cediam 0,42% e 0,38%.
Helena Veronese
Estrategista-chefe da Consulenza, plataforma de investimentos