A rodada de março da pesquisa XP/Ipespe registra continuidade na trajetória de aumento da reprovação à gestão do presidente Jair Bolsonaro.
O grupo dos que consideram a administração ruim ou péssima cresceu 3 pontos percentuais, indo de 42% a 45% — a tendência de alta é registrada desde outubro do ano passado, quando as avaliações negativas estavam em 31%. Os que consideram o governo ótimo ou bom oscilaram de 31% para 30%.
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XP/Ipespe
A mudança coincide com a piora na percepção da atuação do presidente frente à pandemia de coronavírus (a avaliação negativa nessa área específica saltou de 53% para 61%) e com um aumento na percepção de risco sobre a doença (a parcela que diz estar com muito medo do surto cresceu dez pontos percentuais, de 39% para 49%). Também se ampliou a parcela que acredita que a economia do país está indo no caminho errado (63% em março contra 57% em fevereiro).
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O percentual dos que pretendem se vacinar “com certeza” está estável em 77%, mas 4% dos entrevistados declararam já ter tomado a vacina, e a proporção daqueles que dizem que com certeza não irão se vacinar caiu de 11% em janeiro para 6% agora.
Foram realizadas 800 entrevistas de abrangência nacional, nos dias 9, 10 e 11 de março. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais.
Eleitoral
A primeira pesquisa XP/Ipespe desde a decisão do Supremo Tribunal Federal que devolveu a elegibilidade ao ex-presidente Lula mostra um acirramento na disputa presidencial de 2022. O presidente Jair Bolsonaro alcança 27% das intenções de voto, enquanto o petista tem 25% no cenário estimulado.
Na sequência aparecem Sergio Moro (10%), Ciro Gomes (9%) e Luciano Huck (6%). Outros candidatos juntos pontuam 10%. Em eventual segundo turno entre os dois, Bolsonaro teria 41% e Lula, 40%.
Segundo turno
Nas outras simulações de segundo turno, Bolsonaro aparece à frente de Fernando Haddad (40% a 36%), de Luciano Huck (37% a 32%), de Ciro Gomes (39% a 37%), de Guilherme Boulos (40% a 30%) e de João Doria (39% a 29%) – mas numericamente atrás de Sergio Moro (31% a 34%).
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No levantamento espontâneo, quando não são apresentados candidatos aos entrevistados, Bolsonaro foi de 21% para 25% e Lula, de 5% para 17%.
Quando questionados sobre o próximo presidente, 52% dizem preferir votar em um candidato que “mude totalmente a forma como o Brasil está sendo administrado”. Outros 29% dizem preferir alguém que “mude um pouco”, 15% “que dê continuidade à forma atual”.
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