A Eneva, uma empresa integrada de energia, com negócios complementares em geração de energia elétrica e exploração e produção de hidrocarbonetos no Brasil, registrou no 4T20 um lucro líquido de R$ 686,5 milhões, representando um crescimento de 87,9% em relação ao lucro líquido de R$ 365,4 milhões do 4T19.

No trimestre o EBITDA cresceu 15,5% para R$ 606,1 milhões acumulando R$ 1,6 bilhão em 2020. A receita líquida, por sua vez, cresceu 10,0% no trimestre para R$ 1,2 bilhão e +3,4% em 2020 para R$ 3,2 bilhões. O resultado financeiro líquido melhorou em ambas as bases de comparação, apesar do incremento de dívida pra fazer frente ao programa de investimentos.

Cotada a R$ 63,47/ação (valor de mercado de R$ 20,0 bilhões) a ação ENEV3 registra alta de 2,2% este ano e valorização de 58,7% em doze meses.

Destaques

O EBITDA ajustado (excluindo poços secos) alcançou R$ 614,7 milhões no 4T20 (margem EBITDA aj. de 50,2%); com aumento de 16,3% frente ao 4T19 (R$ 528,6 milhões e margem de 47,5%); refletindo um cenário de maiores preços de venda de energia nos mercados regulados e livre e a redução de custos operacionais.

Ainda no 4T20 houve o registro de uma reversão de impairment no segmento de geração a carvão, que impactou positivamente a linha de “Outras Receitas e Despesas” com uma receita de R$ 52,8 milhões (em 2019, esta reversão também aconteceu e o impacto foi de R$ 127,0 milhões). Estes efeitos foram parcialmente compensados pelas maiores despesas operacionais no período.

Ao final do 4T20 a dívida líquida da companhia era de R$ 5,2 bilhões (3,3x o EBITDA); e crescimento de 35,6% em relação ao 4T19 (R$ 3,9 bilhões e alavancagem de 2,7x). Destaque para a liberação de R$ 779,4 milhões de parcelas dos financiamentos de Parnaíba V junto ao BNB e AzulãoJaguatirica junto ao BASA, para fazer frentes aos investimentos em andamento. Ressalte-se a liquidação antecipada dos financiamentos de Itaqui e das debêntures de curto prazo captadas em abr/20; em um valor total de R$ 1,1 bilhão em principal e juros.

Os Investimentos no trimestre somaram R$ 629,9 milhões com o avanço da construção de AzulãoJaguatirica e Parnaíba V e obras nos sites seguem conforme cronograma revisado divulgado no 3T20, com expectativa de início de operação comercial durante o 4T21 e 1T22, respectivamente. Em 2020 os investimentos alcançaram R$ 2,3 bilhões (+115,1%).

• Aquisição do Campo de Juruá (Bacia de Solimões) e de 7 blocos exploratórios no 2º ciclo de Oferta Permanente da ANP; sendo 3 blocos nas adjacências do Campo de Azulão no AM e 4 blocos na bacia do Paraná, abrindo uma nova frente exploratória;

• Incorporação de 3,25 bilhões de m³ de reservas na Bacia do Parnaíba em 2020; equivalente a um índice de reposição de reservas 241%, e incremento de 62% das reservas do campo de Azulão no mesmo período;

• Declaração de Comercialidade da acumulação Fortuna (Campo Gavião Belo), com volume Pmean de gas-in-place estimado de 6,78 bilhões de m³.

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