Um desempenho ruim no ano, com lucro líquido de R$ 305 milhões, ante R$ 786 milhões em 2019. O resultado foi influenciado pelo menor EBITDA e pelo aumento das despesas financeiras decorrentes do impacto não caixa de marcação a mercado (MTM) e das outorgas das Malhas Central e Paulista, que incorreram em mais meses em 2020 do que em 2019.
O volume transportado em 2020 foi de 62,5 bilhões de TKU, 3,9% acima de 2019, refletindo o aumento do volume em 7,0% na Operação Norte; o impacto nos volumes na Operações Sul em função da menor produção de grãos e pela queda da demanda de produtos industriais (em razão da Covid-19); que também afetou a Operação de Contêineres.
A receita líquida totalizou R$ 6,97 bilhões, -1,7% vs. 2019, refletindo a queda na receita de transporte ferroviário, principalmente em função da menor tarifa; parcialmente compensada pelo aumento de 26,2% na receita líquida de elevações e de 73,7% na de solução logística.
O EBITDA ajustado atingiu R$ 3.533 milhões, com queda de 8,4% frente a 2019; principalmente devido a um cenário de maior competição, que pressionou as tarifas e o volume.
Em 2020, o resultado financeiro somou R$ 1,47 bilhão um aumento de 23% ante 2019, devido a (i) maiores despesas com outorgas e arrendamentos operacionais e (ii) alta no custo da dívida em função do aprimoramento da estimativa de mensuração do valor justo dos instrumentos financeiros (MTM), que trouxe efeito não caixa no valor de R$ 273 milhões.
O endividamento abrangente bruto ao final do 4T20, incluindo derivativos, foi de R$ 16,3 bilhões, contra R$ 16,7 bilhões no 3T20.
Antecipação de cinco meses na inauguração da ferrovia Norte-Sul
Nesta quinta-feira, a Rumo Logística inaugura oficialmente o trecho que vai de São Simão (GO) a Estrela D’Oeste (SP) na Ferrovia Norte-Sul.
• O investimento somou R% 711 milhões para obras de infraestrutura do projeto;
• A entrega acontece com cinco meses de antecedência;
• A Rumo arrematou em leilão os trechos central e sul da Ferrovia Norte-Sul em março de 2019, em um contrato que inclui a conclusão de obras inacabadas;
• A concessão tem duração de 30 anos e compreende a 1.537 quilômetros entre Porto Nacional (TO) e Estrela D’Oeste (SP), em um projeto denominado Malha Central;
• O trecho tem como grande objetivo levar a produção do agronegócio dos estados de Goiás e Tocantins para ser exportada pelo Porto de Santos.
Ontem a ação RAIL3 encerrou com queda de 3,9% no ano, cotada a R$ 18,49.