A Ambev publicou seu resultado do 4T20. Este superou a expectativa de alguns analistas em termos de volume vendido. Vale ressaltar que a companhia teve de reinventar sua operação durante os últimos meses, já que a maior parte do consumo de bebidas alcóolicas ocorre dentro de bares, restaurantes e eventos, que ficaram temporariamente fechados e depois reabertos de forma gradual. Ainda, a indústria enfrentou um problema de engarrafamento, que na visão de muitos analistas; acabou beneficiando a companhia, que realiza um fornecimento interno de parte dos insumos que utiliza na produção. No entanto, ressaltamos a diminuição da renda da população que pode impactar diretamente na redução do consumo de bebidas. Entre os principais pontos do resultado, estão:

• A receita líquida aumentou 13,4% no 4T20, com crescimento do volume de 7,6% e de 5,3% da receita líquida por hectolitro (ROL/hl). A receita líquida cresceu no Brasil (+19,0%); na América Central e Caribe (CAC) (+0,2%) e na América Latina Sul (LAS)1 (+16,3%), mas caiu no Canadá (-4,7%). No Brasil, o volume cresceu 10,6% e a ROL/hl subiu 7,6%. Na CAC, o volume diminuiu 7,4% e a ROL/hl subiu 8,3%. Na LAS, o volume cresceu 6,2% e a ROL/hl subiu 9,5%. No Canadá, o volume e a ROL/hl diminuíram 1,9% e 2,8%, respectivamente. No acumulado do ano, em uma base consolidada, a receita líquida apresentou um crescimento de 4,7%, com volume aumentando 1,4% e a ROL/hl crescendo 3,2%;

• O custo dos produtos vendidos no 4T20 aumentou 21,1%. Em uma base por hectolitro, o CPV aumentou 12,5% enquanto o CPV excluindo a depreciação e amortização subiu 13,8%, devido, principalmente, às pressões inflacionárias na Argentina, às taxas de câmbio e aos impactos do mix de embalagens;

• No trimestre, o SG&A excluindo depreciação e amortização cresceu 17,6%, pelo faseamento de trimestres anteriores e suportando a recuperação dos volumes nos mercados. No acumulado do ano, o SG&A excluindo depreciação e amortização cresceu 7,1%;

• O EBITDA alcançou R$ 8.937,2 milhões no 4T20, uma queda de 0,1% com margem bruta de 55,8% (-280 pontos-base) e margem EBITDA de 48,2% (-500 pontosbase). O resultado nominal de EBITDA inclui benefícios de créditos tributários no Brasil reconhecidos no 4T20. No acumulado do ano, o EBITDA foi de R$ 21.591,5 milhões (-11,1%) com margem bruta e margem EBITDA de 53,6% (-480 pontos-base) e 37,0% (-590 pontos-base), respectivamente;

• O lucro líquido foi de R$ 7.008,0 milhões no 4T20, 51,2% maior do que no 4T19, devido ao maior EBITDA e aos créditos tributários no Brasil.

Impacto: Marginalmente Positivo. O resultado foi bom, dadas as condições atuais do cenário, impulsionado pelas estratégias da empresa de inovação; flexibilidade e excelência operacional que continuaram a entregar fortes resultados. O volume de vendas superou as expectativas do mercado, mas ainda seguimos com visão cautelosa para o papel, com base na redução da renda da população, o que implica na diminuição do consumo de bebidas alcóolicas, possíveis atrasos nas campanhas de vacinação e expectativa de retorno de grandes eventos e reabertura total ainda no longo prazo. Ainda, segundo o guidance da companhia, em 2021, enfrentarão impactos significativos de câmbio, assim como de commodities, que irão pressionar a margem EBITDA. Sua taxa média de hedge BRL/USD para 2021 é de 5,29 (+31,9%). Como resultado, esperam que o CPV excluindo depreciação e amortização por hectolitro aumente entre 20% e 23% em Cerveja Brasil.

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