O Banco do Brasil apresentou seus resultados referentes ao 4T20. O Banco apresentou lucro líquido de R$ 3,7 bilhões no período, um aumento de 6,1% frente ao 3T20. Dentre os destaques do resultado:

Entre os principais pontos, destacamos:

• O retorno sobre patrimônio Líquido (ROE) alcançou 12,1% no trimestre, patamar ainda abaixo do visto no 4T19 de 17,7%;

• As provisões (PCLD) apresentaram redução de 6,3% na comparação com O 3T20, sendo o principal impacto para a melhora no Lucro Líquido apresentado;

• As receitas de prestação de serviços apresentaram avanço modesto de 1,5%, com destaque para a recuperação do serviços de conta corrente e administração de fundos. A margem financeira bruta cresceu 1,1%, com leve queda no custo de captação e avanço também modesto na receita financeira, mantendo o spread constante na comparação com o 3T20;

• As despesas administrativas cresceram 3,7%, enquanto que o risco legal (demandas Cíveis, Fiscais e Trabalhistas) aumentaram em 117%, com grande impacto negativo no lucro do período. Outro ponto negativo foi o impacto da conta Outras Provisões e Resultado de Coligadas, que trouxe uma despesa acima de R$ 2 bilhões no período;

• A carteira de crédito segue me tendência positiva com avanço de 9% na comparação anual, mas ainda abaixo dos pares privados, que apresentaram crescimento de 2 dígitos no período, demonstrando uma perda de participação de mercado do banco;

• O índice de basileia da instituição segue em níveis confortáveis, acima de 21%. Além disso, a inadimplência segue tendência negativa, atingindo patamar 1,9% no período.

Impacto: Neutro. O Banco do Brasil demonstrou um resultado sem grandes novidades. Do lado positivo: (i) estabilização nas provisões e na receita de serviços, (ii) queda na inadimplência, (iii) níveis de basileia confortável. Por outro lado, o banco segue com crescimento modesto da carteira de crédito e da sua margem financeira. Esperamos que o banco possa voltar a ser mais agressivo na expansão do crédito na retomada de 2021, aliado ao processo de reestruturação operacional e venda de ativos não estratégicos. A parceria com UBS em mercado de capitais pode ser outro ponto de atenção para 2020. Seguimos com recomendação de compra para o Banco do Brasil com preço alvo em R$ 45,00.

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