O novo pacote de estímulos fiscais anunciado na noite de ontem pelo presidente eleito Joe Biden, ao invés de trazer ganhos, trouxe realização. Há dúvidas em torno de diversos pontos, mas o principal deles é o tamanho do pacote: a percepção geral é de que os US$ 1,9 trilhão precisarão ser reduzidos para serem aprovados pelo Congresso do país, o que, junto com a agenda cheia tanto do ponto de vista de atividade quanto do ponto de vista de balanços corporativos, tem feito com o que o comportamento neste início de manhã seja de correção nos preços dos ativos tanto na Europa, quanto nos EUA.

Por aqui, o investidor amanhece com atenções divididas entre o cenário externo e a crise sanitária local: a situação no Amazonas acende uma luz amarela para o restante do país (que já tem a maior taxa de ocupação de UTIs desde julho), e em São Paulo o governador João Doria deve anunciar hoje a nova classificação de quarentena para o Estado. O agravamento da pandemia, ainda, tem feito com que alguns deputados defendam a antecipação do fim do recesso parlamentar para que novas medidas emergenciais sejam votadas – o que aumenta o risco fiscal, que desde o início do ano voltou à mesa.

Na agenda do dia, destaque para os dados do varejo tanto por aqui, quanto nos EUA. No Reino Unido, a produção industrial caiu 0,1% em novembro e 4,7% em base anualizada, ambas piores do que o esperado. Na Zona do Euro, o superávit comercial de US$ 25,1 bilhões em novembro representou um leve recuo frente a outubro, com crescimento de 2% nas exportações e de 2,4% nas importações.

Há pouco, o comportamento das bolsas europeias era de queda generalizada: Londres, Paris e Frankfurt caíam, respectivamente, 0,77%, 0,98% e 0,59%. Em Nova York o comportamento era semelhante, com Dow Jones e S&P futuros cedendo, respectivamente, 0,41% e 0,43%.

Helena Veronese
Estrategista-chefe da Consulenza, plataforma de investimentos

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