O que você prefere? Acompanhar o mercado ou tentar superá-lo correndo o risco de perder para ele? Veja como ter ações sem comprar nenhuma ação

Superar o mercado não é algo fácil, há diversos gestores de Fundos de Investimentos – profissionais na área – que enfrentam diariamente essa missão.

Basicamente, um fundo é uma aplicação que agrupa diversos ativos diferentes, com o objetivo de obter lucros. É como se você reunisse em um lugar o dinheiro de vários investidores com os mesmos objetivos, destinando a tarefa para um profissional sobre: Onde? Como? E por quê? em relação às alocações. O resultado disso é distribuído de forma proporcional para cada investidor.

Na hora de escolher como investir, você pode optar entre diversas formas, como já mencionamos na etapa #5 – A alimentação perfeita para os seus investimentos, por conta própria, realizando de forma ativa a gestão de sua carteira com produtos individuais ou deixando na mão de profissionais para que tomem as decisões.

No entanto, mesmo entre Fundos de Investimentos, essas distribuições de ativos podem ser feitas de duas maneiras: de forma ativa ou de forma passiva.

Na forma ativa, o gestor está mais livre, há o critério do Fundo na qual ele precisa seguir o regulamento, mas cabe ao profissional escolher qual ativo da categoria irá compor o fundo. Portanto, está na mão do gestor a escolha criteriosa dos ativos do portfólio para tentar obter retornos acima do mercado.

Já a forma passiva, não há interferência do gestor, pois é um fundo criado para se expor a um determinado mercado ou classe de ativo. Portanto, o objetivo é montar um produto para acompanhar o desempenho de um determinado indicador. É a forma mais simples de acompanhar algum desempenho sem ter que decidir por qual papel comprar.

Já ouviu falar de ETF?

Este seria um fundo listado em bolsa, na prática é igual a comprar uma ação. Você vai na plataforma digital de sua corretora, digita o código, específica a grana e confirma com a senha. Simples assim.

O ETF possui uma regra bastante clara, que é replicar um índice (acompanhar o desempenho).

Mas o que é um índice?

Sério, isso é um print do Google.

No mercado de ações os índices na Bolsa podem ser tratados com a mesma finalidade. Uma listagem organizada de ações.

Portanto o índice Ibovespa é uma listagem das ações mais negociadas em bolsa. Por isso um dos mais relevantes hoje do mercado, servindo como um balizador de como está o nosso mercado em geral.

Mas como este, existem vários outros.

Como os índices de pequenas empresas, índices de empresas que pagam bons dividendos, índices das 100 ou 50 ações mais negociadas em bolsa e por aí vai…

Sério! Tem muita opção. Para ganhar dinheiro, o mercado faz qualquer coisa.

Então o ETF é como se fosse um fundo que replicasse estes índices. É uma forma mais simples de diversificar, ganhar na exposição com a renda variável sem ter que estudar uma ação ou segmento específico, por basicamente replicarem uma carteira de ações.

Veja alguns exemplos sofisticados de ETFs bem interessantes para você pensar em compor na sua carteira:

BOVV11 – ETF que replica a carteira teórica do Ibovespa;
SMAL11 – ETF que acompanha a carteira teórica de Small Caps, que são empresas de menor capitalização de mercado;
DIVO11 – ETF que segue as empresas pagadoras de dividendos;
IMAB11 – ETF que acompanha a rentabilidade de uma carteira teórica com títulos pós-fixados do Tesouro Nacional;
SPXI11 – ETF que replica o desempenho da bolsa dos EUA S&P 500.

A vantagem de estar dentro deste mercado é pela ousadia de comprar um papel como o BOVV11 que, na verdade, está representado pelos 78 papéis do índice Ibovespa.

Claro que seu risco é a oscilação do mercado, porque assim como nas ações, haverá movimentações nos preços.

Outro fator interessante é que você pode usar esta modalidade para investir em empresas fora do Brasil. Um grande exemplo seria o ETF SPXI11 que replica o índice S&P 500 dos EUA (índice que compõe as 500 empresas mais negociadas da bolsa S&P no mercado norte-americano). Neste caso, você ganha na alta das ações que compõe o índice e na valorização do dólar.

Na hora de buscar diversificação, os ETFs servem como ótimas alternativas, em alguns casos, de baixo custo, além de contar com boa liquidez e a facilidade de não exigir uma análise profunda de cada papel de forma individual.

Mas fique atento: não confunda gestão passiva com fundos passivos. Apesar da similaridade, pois envolve a criação de um produto que acompanha o desempenho de algum indicador, há algumas diferenças que precisam ser levadas em consideração quando tratamos de fundos passivos – no jargão do mercado, fundos indexados tradicionais -.

Veja:

O que é melhor? Gestão Passiva ou Gestão Ativa

A diferença entre ambos está muito na liberdade do gestor, pois na gestão ativa o profissional tem a possibilidade de decidir onde (dentro das regras do fundo) aplicar o dinheiro, enquanto na passiva o produto precisa ser montado para acompanhar algum referencial.

A origem da gestão passiva relaciona-se com a teoria da Hipótese dos Mercados Eficientes (HME) nos anos 1970 por Eugene Fama, ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 2013.

Em resumo, a teoria mostra que os mercados apresentam níveis de eficiência e que, de algum modo, os resultados se encontram com o tempo. Assim, diminuindo a diferença de alguma vantagem adquirida pelo investidor através de alguma escolha pontual que resultou superar o rendimento médio do mercado.

Segundo, Eugene Fama, um investidor pode ter a sorte de comprar um ativo que gere grandes retornos, mas em geral, por definição e probabilidade, isso não seguirá ocorrendo com o tempo.

Há defensores de ideias em tudo quanto é lado

Aqui não será diferente, nosso compromisso com a transparência e em buscar diversas opiniões em um só lugar estará sempre intacta, então, vamos ao que cada lado defende:

Gestão Passiva: o defensor mais famoso é Nassim Taleb que explica de forma mais detalhada no livro “Iludidos pelo Acaso”, tratando da suposta sorte sendo confundida com habilidade, citando até Warren Buffett como um caso aleatório. Segundo ele, não deveríamos apostar fora da tendência, tentando encontrar razões onde nenhuma razão existe.

Portanto, reconhecendo a importância da diversificação como um meio para reduzir o risco, estaríamos investindo melhor se seguirmos uma carteira passiva.

Gestão Ativa: Warren Buffett é o megainvestidor que afirma que a teoria dos mercados eficientes se sustenta cada vez menos à medida que o tempo passa e novas teorias surgem e outro profissionais superam essa tendência.

No viés da teoria comportamental, enquanto o mercado demonstra ser eficiente, os humanos não são. Portanto, o argumento defende que seguir um método ativo é a melhor maneira de aproveitar as distorções provocadas pelas emoções (os movimentos típicos de euforia e caos).

Ok. E agora? O que fazer?

O debate sobre o que é melhor pode ser interminável. Aqui estamos do seu lado e defendemos que é possível aproveitar ambas estratégias.

ETFs são ótimos para diversificar e aliviar a sua carteira de alguns riscos, pois com eles você garante o mesmo resultado que o índice oferece. Algo muito vantajoso quando falamos de uma possível decisão equivocada, em caso de uma má escolha de alguma ação específica, que pode sofrer uma forte queda.

Veja que diversificação é a chave do sucesso! Você precisa pensar em ganhar por todos os lados com seu dinheiro, espalhando entre as oportunidades.

Mas atenção! Na hora de escolher os fundos fique atendo para as taxas e custos que envolve o produto. Seguindo o modelo de riqueza com uma boa administração do dinheiro.

Quem está no controle é você!  Agora bote seu dinheiro pra trabalhar.

Até a próxima semana!

Equipe Acionista.