Diferente dos outros países como Japão e Inglaterra, que já deram início a transição de carros a combustão por elétricos, o Brasil ainda deve carregar a gasolina como principal combustível ao longo das próximas décadas.

A estimativa é uma das conclusões das projeções de tendências da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA); que também pesquisou como as diferentes fontes de energia para os veículos deverão se desenvolver nos próximos anos.

Para a AEA, a gasolina consiste em um “combustível de transição”, que ainda vai demorar a chegar ao seu pico de consumo no país. Este só deverá acontecer em cerca de 20 anos, em 2040. Os especialistas da associação afirmam que nesse ponto, a gasolina ainda terá um papel importante, mas com a melhor condição possível em termos de emissões e eficiência energética.

A eletrificação também terá participação importante nos veículos em circulação no Brasil, mas sua difusão ainda depende de investimentos na infraestrutura e incentivos para a produção e comercialização. A AEA acredita que a tendência global deve se disseminar primeiro em grandes centros urbanos; onde a tecnologia e capacidade técnica exigidas estão presentes com maior facilidade.

Para os próximos anos, acreditam os técnicos da AEA, o grande desafio será introduzir um conceito de “bioeletrificação”; em que o etanol será capaz de alimentar os veículos híbridos, além de melhorar sua eficiência e participação como matriz energética viável em todo o território nacional.

Impacto: Marginalmente Positivo. O etanol ainda é entendido como a solução mais viável como combustível de baixa emissão de gás carbônico no Brasil. Isto é em parte negativo, quando olhamos para a questão com o viés de ESG, já que a nova tendência global; que irá demorar para se concretizar no país, é muito menos nociva ao meio ambiente. Ainda assim, a questão é positiva para o setor de óleo e gás, que pode manter seu modelo de negócio atrativo por mais 20 anos.

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