Os prestadores de serviços brasileiros se beneficiaram de mais um aumento no volume de novos negócios em dezembro, o que, por sua vez, propiciou um crescimento da produção, segundo dados do Markit Economics. Além disso, em ambos os casos, as taxas de expansão aceleraram em relação a novembro. As empresas indicaram que um aumento nos casos de coronavírus 2019 (COVID-19) e esforços para equilibrar as despesas levaram à renovação do declínio no índice de emprego. Contudo, os desenvolvimentos relativos à vacina fomentaram um sentimento positivo em relação ao horizonte de 12 meses para a atividade de negócios. Enquanto isso, os custos médios subiram ao ritmo mais rápido desde meados de 2016; e a inflação dos preços cobrados acelerou ao ritmo mais elevado em um ano.

O Índice de Atividade de Negócios do setor de Serviços da IHS Markit para o Brasil subiu de 50,9 em novembro para 51,1 em dezembro, indicando uma taxa de expansão leve e acelerada da produção. Os participantes da pesquisa associaram o aumento à melhoria das perspectivas devido às notícias positivas sobre uma vacina para a COVID-19, à reabertura de alguns estabelecimentos e a melhores condições de demanda. O crescimento foi generalizado nos cinco subsetores monitorados, liderados pelo de Transporte e Armazenamento.

As empresas brasileiras de serviços estão cada vez mais confiantes em um aumento da produção em 2021; com o nível de sentimento positivo superando os dados de novembro. Evidências sugerem que os desenvolvimentos relativos à vacina foram o fator decisivo para fomentar o otimismo em dezembro.

O volume de novos pedidos aumentou pelo quinto mês consecutivo em dezembro. E mais: a taxa de expansão acelerou em relação a novembro, se mostrando sólida. Quatro das cinco principais áreas da economia de serviços registraram crescimento; a única exceção sendo o setor de Finanças e Seguros, onde uma estabilização foi observada.

A demanda estrangeira por serviços brasileiros aumentou ainda mais em dezembro, conforme indicado por um segundo aumento consecutivo no índice de novos negócios de exportação. Embora leve, a taxa de expansão foi a mais rápida em mais de dois anos.

Os dados de dezembro indicam um excedente de capacidade atualmente entre as empresas de serviços, conforme evidenciado pelo rápido declínio de negócios pendentes. A redução dos pedidos em atraso foi a segunda em meses consecutivos, embora tenha sido, no geral, moderada.

O índice de emprego no setor de serviços caiu em dezembro, após apresentar crescimento em novembro pela primeira vez em nove meses. Onde foi registrada redução de postos de trabalho, os participantes da pesquisa indicaram, como causas, os esforços de redução de despesas e um aumento nos casos de COVID-19. Dito isso, o contingente foi reduzido apenas levemente.

Os custos de insumos cresceram ainda mais, com a taxa de inflação atingindo o patamar mais elevado em quase quatro anos e meio. Os participantes observaram preços mais elevados para diversos itens, associando isso, parcialmente, à escassez de insumos e ao fortalecimento do dólar dos EUA. Foram observados aumentos mais acelerados nas categorias de Serviços ao consumidor, Informação e Comunicação, e Imóveis e Serviços comerciais.

Para proteger as próprias margens, algumas empresas repassaram os custos elevados aos clientes, por meio do aumento das próprias tarifas. Os custos médios de insumos subiram em ritmo consistente, o mais forte em um ano, superando a média a longo prazo.

PMI Composto

A recuperação econômica do setor privado brasileiro continuou em dezembro, com a produção chegando ao quinto mês de aumentos consecutivos. O Índice Consolidado de dados de Produção atingiu 53,5, indicando um ritmo sólido de crescimento, mas caiu em relação aos 53,8 de novembro, destacando o ritmo mais lento de crescimento na atual sequência de expansão.

O crescimento de novos pedidos também perdeu impulso, embora tenha permanecido acentuado, sendo o aumento mais recente o mais fraco no atual período de cinco meses de expansão. Assim como ocorreu com a atividade de negócios, houve aceleração do aumento das vendas no setor de serviços; entre os fabricantes, a expansão foi mais lenta. Ainda assim, estes últimos lideraram a expansão em ambos os casos.

Os fabricantes de produtos continuaram a contratar mão de obra extra em dezembro, o que serviu para equilibrar a renovada redução de postos de trabalho na economia de serviços. Consequentemente, o índice de emprego no setor privado cresceu marginalmente em dezembro.

Os preços médios de insumos subiram ainda mais, com a taxa de crescimento permanecendo praticamente inalterada em relação ao pico da pesquisa em novembro. A inflação dos preços no setor de fabricação se atenuou, permanecendo, porém, mais rápida do que a observada no setor de serviços.

As empresas do setor privado continuaram elevando os preços de venda ao final de 2020, com a taxa geral de inflação dos preços cobrados permanecendo acentuada apesar da redução em relação a novembro.

Por fim, as empresas do setor privado apresentaram os índices mais elevados de otimismo quanto ao futuro desde fevereiro. O aumento da confiança foi generalizado entre fabricantes e prestadores de serviços.

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