Confira a análise da equipe da BB Investimentos sobre as perspectivas para os Fundos Imobiliários em dezembro. Os analistas percebem o choque inflacionário ainda no radar, mas retomada de níveis pré-pandemia traz maior liquidez aos fundos.
Retrospectiva de Novembro
O IFIX iniciou o mês de novembro em alta, acompanhando o Ibovespa, com notícias a respeito do desenvolvimento de vacinas e do desfecho das eleições norte-americanas estimulando os mercados na compra de ativos de risco. A partir do dia 10, no entanto, passou a andar de lado, o que levou a encerrar o mês com valorização de 1,51%, aos 2.808 pontos.
Choque inflacionário é perigoso?
Apesar de o choque inflacionário continuar no radar, o Banco Central ratificou suas expectativas de inflação abaixo da meta até meados de 2022, o que deve manter os juros baixos por um longo período.
Desse modo, os analistas percebem que os fundos imobiliários continuam trazendo cada vez mais interessados nesse mercado, o que pode ser observado pelo número de investidores com posição em custódia, que atingiu 1,108 milhão em outubro, segundo a B3.
O número de negócios mensal, que havia reduzido em março e abril em função da elevada aversão ao risco, já retomou os patamares pré-pandemia, o que é positivo, pois traz maior liquidez e torna mais atrativa a possibilidade de diversificação de ativos.
Novas emissões são boas oportunidades
As novas emissões continuam fazendo parte do dia a dia dos gestores, que têm aproveitado a liquidez do mercado para fazerem novas captações e aproveitarem boas oportunidades de investimento na visão do BB.
Enquanto os fundos de papéis diversificam suas estratégias por meio do investimento mesclado em CRIs high yield com CRIs de baixo risco, os FOFs têm se aproveitado de divergências na relação preço versus valor patrimonial e os de tijolos buscado oportunidades no mercado imobiliário propriamente dito.