Em dia de decisão do Fed, os mercados amanhecem repercutindo o noticiário positivo em torno da vacina, com boas perspectivas sobre a aprovação do uso do imunizante da Moderna pelo FDA. Pesam, ainda, as expectativas em torno de um acordo fiscal nos Estados Unidos, com líderes republicanos e democratas dando declarações neste sentido, além de números melhores que o esperado nas principais economias europeias. Por aqui, o destaque do dia é a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021, que prevê um déficit de até R$ 247 bilhões nas contas públicas no ano que vem.
Na agenda do dia, o destaque da manhã fica por conta dos PMIs europeus, que em sua maioria apresentaram resultados melhores que o esperado. Na Zona do Euro, o indicador composto, que engloba setores industrial e de serviços, aumentou de 45,3 pontos em novembro a 49,8 pontos na leitura preliminar de dezembro, muito perto portanto de voltar a sinalizar expansão da atividade (o que acontece quando o índice supera os 50 pontos). Na Alemanha o indicador composto teve um comportamento parecido, avançando de 51,7 em novembro a 52,5 pontos na leitura preliminar de dezembro.
Do ponto de vista sanitário, o noticiário da manhã caminha no sentido oposto: os Estados Unidos registraram ontem o maior número de mortes por Covid-19 em um dia (3.188 óbitos), assim como a Alemanha, com 952 mortes nas últimas 24 horas. No Japão, o número de infecções por dia atingiu o maior nível desde o início da pandemia, com 678 novos casos.
Há pouco, as principais bolsas do mundo apresentavam comportamento positivo. Na Europa, Londres subia 1,05%, com Frankfurt operando em alta de 1,59%. Nos EUA o comportamento dos índices futuros era bastante parecido, com S&P e Dow Jones futuro subindo, respectivamente, 1,29% e 0,78%. Por aqui o Ibovespa ainda não havia iniciado os negócios.
Helena Veronese Estrategista-chefe da Consulenza, plataforma de investimentos.