Após mês positivo com grande alta de 14,40% no IDIV, os analistas atualizaram suas carteiras mensais de dividendos. Desse modo, confira as melhores alternativas para proventos em dezembro de acordo com as principais equipes de análise do país.
Confira as top 3 pagadoras de dividendos
ENGIE Brasil (EGIE3)
A ENGIE é a maior produtora independente de energia do país, sendo também agente ativo na comercialização de energia. Em 2017, ingressou no segmento de transmissão de energia e, em 2018, adquiriu os 50% remanescentes das ações da ENGIE Geração Solar Distribuída.
Já em 2019, entrou no segmento de gás natural brasileiro ao adquirir participação na Transportadora Associada de Gás (TAG). Ao fim do quarto trimestre de 2019, a empresa contava com uma capacidade instalada própria de 8.711 MW, operando um parque gerador de 10.431 MW, composto por 60 usinas, sendo 11 hidrelétricas, quatro termelétricas e 45 complementares – três a biomassa, 38 eólicas, duas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e duas solares.
A empresa sempre manteve um prêmio frente as demais Utilities devido a uma combinação de liquidez, capacidade de entregar crescimento com disciplina de alocação de capital e pagamento de dividendos. Os analistas percebem a empresa com um dividend yield para 2020 e 2021 de 6,0% e 9,0%, respectivamente.
Desde que a Engie Brasil passou a fazer parte das principais ações de dividendos do mês, em dezembro de 2019, a empresa teve uma desvalorização de 3,68%. Além disso, também pagou 5,30% de proventos com base na cotação de entrada nas principais (R$ 44,52). Em comparação, o Ibovespa nesse mesmo período valorizou 3,09%, enquanto o IDIV valorizou 3,40%.
Percebemos que a empresa teve um desempenho um pouco abaixo do Ibovespa e do IDIV, o que é normal quando analisamos o desempenho das companhias do setor elétrico no ano, que acabaram ficando atrasadas na recuperação depois das grandes quedas. Entretanto, quando colocamos os proventos recebidos desde então, dá uma diferença mínima de retorno, que, dadas as circunstâncias, comprova a resiliência da companhia mesmo em momentos adversos.
Telefônica Brasil (VIVT4)
Com capacidade de gerar caixa mesmo em um cenário muito adverso, o setor de telecomunicações se prova resiliente. Além disso, na visão dos analistas, a venda da operação móvel da Oi, que trará mudanças importantes na dinâmica competitiva do setor, e a chegada do 5G poderão oferecer à Vivo uma oportunidade valiosa da empresa ganhar share em segmentos de maior ARPU.
Por fim, os especialistas enxergam um valuation atrativo combinado com um excelente Dividend Yield, que justificam sua recomendação.
Desde que a Telefônica Brasil passou a fazer parte das principais ações de dividendos do mês, em setembro de 2019, a empresa teve uma desvalorização de 13,71%. Além disso, também pagou 6,47% de proventos com base na cotação de entrada nas principais (R$ 50,99). Em comparação, o Ibovespa nesse mesmo período valorizou 11,59% e o IDIV 9,42%.
Podemos perceber que a empresa acabou ficando atrás no desempenho quando comparado aos dois índices, mas isso também significa que a Vivo continua dando oportunidade para se tornar sócio de uma empresa resiliente, com ótima geração de caixa e com a possibilidade de ter lugar na sua carteira em uma estratégia de dividendos.
Lembre-se sempre, o foco ao investir em empresas de dividendos não deve ser unicamente a valorização, e sim uma construção de renda passiva ao longo do tempo através de bons proventos recebidos. Entretanto, com certeza é positivo quando a sua empresa de dividendos também apresenta um bom desempenho no quesito valorização.
AES Brasil (TIET11)
Apesar do endividamento se encontrar 11,2% maior em relação ao ano passado, a situação da AES Brasil é confortável tanto a nível de liquidez quanto a nível de solvência. Isso porque seu caixa se encontra 47% maior devido a geração de caixa operacional e por conta de captações efetuadas. O plano de investimentos atual da companhia compreende um valor de R$1,4 bi até 2024, sendo 90% deste valor previsto até 2022.
Os analistas destacam também a recente robusta definição de 112% de payout trimestral e a divulgação da compra do Complexo Eólico Ventus, no Rio Grande do Norte. Apesar das discussões referentes ao valor pago por Mw, a adição do ativo, 100% contratado no mercado regulado e com concessão até 2034, faz sentido dentro da proposta atual da empresa.
A AES Brasil está voltando às Principais Dividendos do mês em dezembro e, como o foco da nossa estratégia é no longo prazo, não faz sentido analisar o desempenho da empresa somente nesses quatro dias de negociação.
Fontes: Ativa Investimentos e BTG Pactual
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