As mudanças de cenário nos leva aos dilemas das decisões para investir com qualidade. A habilidade de ampliar a percepção de tempo é uma das capacidades humanas que nos difere de outros animais. Podemos memorizar diversas lembranças, imaginar um futuro, ponderar algum acontecimento, racionalizar um ideal via decisões momentâneas.

Algumas vezes, decidimos percorrer certos caminhos que sacrificam o hoje e prosperam o amanhã; já outros sacrificam o amanhã para viver o hoje. É aquele famoso dilema entre o “quem guarda tem” e o “só se vive uma vez”.

Em situações extremas, na hora da decisão, o ser humano se coloca diante do presente e futuro, geralmente dando mais importância ao primeiro.

Dor e prazer são os protagonistas nestes momentos, levando a uma decisão por impulso frequentemente. Sob efeito dos sentimentos, o alto risco ou o caminho mais curto se tornam as alternativas mais usadas para enfrentar tal situação.

Neste caminho instintivo, a primeira coisa antes de tentar apagar o fogo com álcool, é entender que para tomar decisões de investimentos é preciso estar sóbrio. Existem várias interpretações para cada caminho e diversas alternativas para alcançar os cenários.

A inteligência vem de observar as possibilidades, realizar uma boa gestão e no como conduzir cada situação ao longo do tempo.

Por onde andar? Como selecionar os melhores caminhos para investir com qualidade?

Reúna os melhores analistas do Brasil em um só lugar e dê a eles a oportunidade da sugestão. Quando todos entregarem o devido material, observe os nomes – os tickers (os códigos) dos ativos – da preferência do momento, aquela que por eles é a com maior potencial de valorização para os próximos anos.

Opte também por priorizar independência, por casas que não estejam vinculadas, evitando trocas de informações, cuja opinião seja realmente particular, com o objetivo de ser a melhor dentre as outras.

Tudo reunido? Ótimo. Agora pode começar a observar, todos juntos, quais ativos foram as opções de cada um; os porquês; os cenários; as perspectivas…

Nestes momentos a surpresa pode aparecer de várias formas: com muitas respostas diferentes – “como pode em um mesmo mercado tanta visão diferente!?” ou “como pode tantos analistas de diferentes casas recomendar, quase sempre, tudo igual!?”.

Este é o motivo da pauta da Trilha de hoje, na hora de escolher o caminho, estar cercado de opiniões nos permite o poder da crítica, da comparação e de ter preferência por algo de forma mais objetiva.

Assim, chegamos ao segundo questionamento…

Por onde devo andar?

Por que há tantas carteiras de ações?
Por que cada analista sugere algo diferente?
Por que tantas recomendações?

Se eu gosto de mais de uma carteira, qual devo seguir, considerando cada diferença?

Voltamos ao primeiro trecho deste material, estamos em pleno presente e futuro, escolhendo o hoje para o nosso amanhã, portanto na construção de um portfólio seja civilizado com seu dinheiro – vá aos poucos –  e construa um portfólio balanceado.

Se você tem dúvidas sobre a distribuição, nesta etapa da trilha, acesse #3- Um porquê para a diversificação estar presente em sua trilha, falamos melhor sobre isso.

No entanto, lembre-se, o que você deseja com uma carteira de investimentos?. Se você está entre os leitores do trilha, na edição #4, comentamos sobre a decisão entre ter um portfólio gerador de renda periódica e um focado em aumentar patrimônio.

Este é o grande momento que diferencia quais sugestões seguir (os seus objetivos) para escolher e observar quais dentre as opções que você gostou atende o que você espera como resultado. Este detalhe é muito importante, pois em caso de você fazer ambas as estratégias ao mesmo tempo, a execução ficará pela metade e o resultado final não será exatamente aquele que você espera.

As diferentes carteiras de ações

As alternativas existem para proporcionar opções à cada perfil de investidor (por mais que seja de forma temporária). Ou seja, cada carteira ou sugestão atende um diferente nível de risco.

Por exemplo: Carteiras Gráficas, Semanais, sugestões de trading e outras geralmente tem um foco para o curto prazo, enquanto Carteiras Mensais, tem um foco de médio e longo prazo.

É possível perceber isso através do nosso acompanhamento via Principais Recomendações, pois aborda as ações mais recomendadas do Ano, aquelas que estão entre as mais recomendadas no mês, Dividendos, Small Caps e FIIs.

Desde o início desta cobertura, observamos que por mais que nossa atualização seja mensal, as sugestões entre as mais sugeridas possuem pequenas alterações, provando que as principais teses são carregadas por tempo mais longos, até que os investimentos realmente deixem de fazer sentido.

Entretanto, cada Carteira Recomendada – por mais que tenha similaridades – possui gatilhos, visões e observações diferentes conforme cada analista. Reforçando, mais uma vez, a necessidade de entender o motivo temporal e observando a diferença entre cada opinião – atualizado como “atualizações e recomendações” nas postagens dentro de cada categoria das Principais Recomendações.

O fato de ter tantas alternativas não quer dizer que você deva seguir somente uma, mas sim que é importante ter um foco.

De maneira parecida, é possível observar essa relação entre ações de empresas maiores (blue chips), as pagadoras de dividendos e as menores (small caps).

Como já foi visto em etapas anteriores, as small caps por serem empresas menores e com alto potencial de valorização, atendem à um perfil de maior risco, portanto sugere-se que represente uma porção menor da carteira em relação às outras empresas maiores.

Por que diferentes sugestões?

Partindo da premissa de que foi entendida as diferenças entre as carteiras recomendadas – perfil e riscos – há também a diversidade de opinião entre os analistas, em busca de apresentar a melhor alternativa dentro dos objetivos da carteira.

Aqui no Acionista, prezamos por essa transparência e independência da opinião, não só para aproximar tudo em um só lugar, mas para atender os diferentes tipos de investidores e diferentes possibilidades de ganhos.

O que devo fazer?

É simples. Organize sua carteira. Divida-a em “blocos”, “caixas”, “setor”, “nível” ou qualquer outro nome que pareça familiar para você. Ou seja, encontre um espaço para cada alternativa, assim, você terá um panorama melhor para alocar cada classe de ativo.

Aqui está o exemplo que sugerimos em etapas anteriores:

Renda Fixa 50%
Ações 30% (Entre grandes empresas /Dividendos / Small Caps)
FIIs 10%
Proteções 10%

Com as proporções definidas, sugerimos que você navegue pelo portal, por entre as Principais Recomendações e indicações da semana. Pois com sua trilha definida, será mais fácil começar suas alocações.

Por outro lado, se você prefere estar no mercado via gestão de profissionais, em Fundos de Investimentos, você encontra diversas Cartas dos Gestores para avaliar como cada profissional está vendo o mercado e se posicionando diante das possibilidades.

Talvez você pense: “como acompanhar tudo? Há diferentes sugestões entre as carteiras, diversos gestores falando de mercado”

Realmente, há muito material de qualidade e aqui entra o ponto da diversificação de opinião, dificilmente um analista ou gestor acertará todas as previsões, por isso não há problema algum em montar sua carteira seguindo mais de uma abordagem.

Colocando em prática

Na hora de caminhar por essa trilha, a questão financeira pode entrar em jogo, pois o dinheiro para alocar em cada “bloco” de forma ativa (aplicando direto nos ativos individualmente), dependendo dos desejos, pode acarretar em uma necessidade mais elevada de capital.

Contudo lembre-se: o caminho deve ser percorrido um passo de cada vez, portanto, não é necessário ter todos os “blocos” da carteira preenchida já no primeiro passo, mas sim, ao longo da caminhada – dia a dia; mês a mês; ano a ano – .

Entre as alternativas, aqui sugerimos algumas opções:

Via fundos, o caminho da diversificação pode ser mais curto e mais barato (a depender do fundo). Pois o conceito por trás de investir em fundo é pagar para que o gestor realize essa diversificação dentro das especificações que há para cada fundo e seu aporte pode ser maior ou menor conforme seu desejo.

Via aplicações de forma ativa (aplicando direto pelo Home Broker nos ativos desejados), há os fundos ETFs, que replicam entre um grupo maior de ativos, permitindo maior diversificação (ex: BOVA11, DIVO11, SMLL11).

Por fim, se você optar por comprar os ativos de forma individual, lembre-se que o mercado fracionário é útil para comprar as ações aos poucos, você compra em menor quantidade demandando menos dinheiro. A forma de acessar é adicionar a letra “F” no ticker da ação (ex: PETR4 fica PETR4F).

Até a próxima semana!

Equipe Acionista.

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