Após o mês de outubro fechar com queda de 1,01% no IFIX, as corretoras atualizaram suas carteiras recomendadas. Dessa forma, conheça os três fundos imobiliários mais recomendados pelos analistas para outubro.

CSHG Real Estate (HGRE11)

O CSHG Real Estate, gerido pelo Credit Suisse Hedging-Griffo, iniciou seu funcionamento em 2007 e investe, majoritariamente, em prédios corporativos localizados na cidade de São Paulo.

O mercado de escritórios corporativos na cidade de São Paulo, principalmente de alto padrão, vinha apresentando melhora significativa, principalmente em função da migração de empresas que antes se situavam em edifícios de menor padrão, dado que os preços dos aluguéis ficaram mais baratos. Com isso, a taxa de ocupação dos prédios se elevou, possibilitando, em alguns casos, a revisão para cima dos preços de aluguel.

O gestor do fundo, recentemente, afirmou que havia um grande volume de procuras, visitas e propostas de locação por ativos do fundo. Uma possível locação de imóveis atualmente desocupados elevaria os rendimentos pagos pelo fundo, provavelmente levando também a uma valorização de suas cotas.

Todavia, a tese exposta acima deve demorar mais para se concretizar, em função da crise atual. As distribuições do fundo já foram reduzidas, dadas as dificuldades que alguns locatários estão tendo para pagar o aluguel, havendo risco de nova redução. Além disso, há a preocupação quanto a se as empresas continuarão a adotar em algum grau o home office, o que reduziria a demanda por espaços de escritórios.

Apesar disso, os analistas acreditam que essa nova realidade tenha sido, pelo menos parcialmente, refletida no preço da cota do HGRE11, de modo que, quando as perspectivas melhorarem, há potencial de recuperação dos rendimentos.

O fundo está em processo de emissão de cotas, mas não para uma nova aquisição. Os recursos serão usados principalmente para a reforma da Torre Martiniano e a última parcela de sua aquisição, uma pequena aquisição de participação adicional num ativo estratégico que o fundo já tem participação.

Alguns dados do fundo

Gestão: Ativa;

Último rendimento: R$ 0,65;

Dividend Yield: 0,43% por mês;

Taxa de administração: 1% ao ano sobre o patrimônio líquido.

XP Log (XPLG11)

O XP Log FII é um fundo que atua no segmento de galpões logísticos e industriais que teve suas atividades iniciadas em 2018. Os ativos que compõe a carteira do fundo estão distribuídos entre os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O fundo possui uma taxa de performance correspondente a 20% sobre o que exceder a variação do IPCA + 6,00% ao ano.

Tese de investimento: O setor de galpões logísticos foi um dos menos impactos pela pandemia do coronavírus, por conta da necessidade de distribuição de produtos neste momento, bem como a tipicidade dos contratos de locação que, muitas vezes, apresentam cláusulas rígidas em relação ao inadimplemento e à rescisão antecipada. A sugestão de compra dos analistas para o XP Log FII é pautada nos seguintes pilares: (i) portfólio pulverizado com ativos bem localizados; (ii) bons locatários; (iii) gestão experiente; e (iv) boa liquidez.

Gestão: A gestão do fundo é feita pela XP Asset Management, gestora qualificada que tem mostrado diligência e transparência em suas alocações.

Riscos: Os principais riscos do fundo são de crédito, vacância e mercado. Uma eventual insolvência dos locatários pode acarretar atraso ou calote dos aluguéis. Já o risco de vacância está relacionado com a rescisão do contrato e desocupação dos inquilinos, o que impactaria a rentabilidade do fundo. Por fim, o risco de mercado com flutuações no valor das cotas.

Alguns dados do fundo

Gestão: Ativa;

Último rendimento: R$ 0,58;

Dividend Yield: 0,45% por mês;

Taxa de administração: 0,95% a.a. (mínimo de R$ 25 mil mensais);

Taxa de performance: 20% do que exceder o benchmark (IPCA + 6,0% ao ano).

Vinci Logística (VILG11)

O Vinci Logística possui 9 ativos espalhados por 4 Estados. A concentração de receita do fundo está dividida entre: MG (61%), RS (16%), SP (17%) e ES (6%).

Dentre os segmentos de atuação dos inquilinos, a receita está dividida entre: E-commerce (55%), Transporte e Logística (18%), Alimentos e Bebidas (13%), Material Hospitalar (5%) e Eletroeletrônica (4%). Os principais inquilinos do fundo, em termos de receita, são a Tok Stok (25%), Magazine Luiza (14%) e Ambev (12%). O fundo ainda conta com um bom mix entre contratos Típicos (61%) e Atípicos (39%).

Por conta do forte posicionamento do fundo no setor de E-commerce, dado o cenário atual de forte crescimento das vendas online, os analistas enxergam o fundo como uma boa opção do segmento de logística.

Além disso, a concentração de receita em inquilinos com boa qualidade de crédito, 100% do portfólio locado e prazo médio remanescente dos contratos de 4,5 anos dá mais segurança.

Alguns dados do fundo

Gestão: Ativa;

Último rendimento: R$ 0,42;

Dividend Yield: 0,33% por mês;

Taxa de administração: 0,95% a.a.;

Taxa de performance: 20% da soma dos rendimentos efetivamente distribuídos no período que excederem a rentabilidade do IPCA/IBGE, acrescido de um spread de 6% sobre o valor total integralizado de Cotas do Fundo.

Fontes: BTG Pactual, Capital Research e Guide Investimentos.

O FII ideal?

Assim como em ações, ressaltamos sempre a importância da diversificação, para não estar exposto somente a um gestor.

Entretanto, ao analisar padrões, e ver que a grande maioria dos analistas estão indicando um fundo, podemos perceber uma elevada confiança no mesmo, tornando a sua decisão mais segura ao ser apoiada por mais de uma equipe de profissionais.

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