A Marfrig registrou mais um período de avanço expressivo em seus indicadores financeiros e operacionais. Inserida em um mercado global que continua a demandar fortemente proteína bovina, a Marfrig atingiu uma receita líquida consolidada — que considera as operações da América do Norte e da América do Sul — de R$ 16,8 bilhões. Trata-se de um crescimento de 32% em relação ao terceiro trimestre de 2019. O Ebitda Ajustado (lucro antes de impostos, depreciações e amortizações) foi de R$ 2,2 bilhões, 47% superior na comparação anual. A margem Ebitda chegou a 13%.

Apesar dos enormes desafios econômicos impostos pela pandemia de covid-19, a Marfrig apresentou no acumulado do ano lucro líquido de R$ 2,1 bilhões. Foram R$ 674 milhões no intervalo entre julho e setembro deste ano, contra 100 milhões de reais no terceiro trimestre do ano passado. A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda Ajustado, chegou ao menor patamar histórico: 1,88 vez, em real, e 1,68 vez em dólares. E o fluxo de caixa livre atingiu R$ 1,6 bilhão no período, 91% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. “Estamos cumprindo todas as promessas que fizemos ao mercado de forma consistente”, diz Marcos Molina dos Santos, fundador e presidente do Conselho de Administração. “A cada dia, a Marfrig torna-se uma empresa operacionalmente e financeiramente melhor.”

A empresa fez movimentos decisivos nas áreas de inovação e sustentabilidade no período. Em julho, lançou de forma pioneira o programa Marfrig Verde+ que prevê, entre outras medidas, a inclusão de pecuaristas em sistemas sustentáveis de produção e o rastreamento total de todo o gado adquirido num período máximo de 10 anos. Em agosto a Marfrig lançou, em parceria com a Embrapa, a marca Viva, que batiza a primeira linha de carnes carbono neutro certificada no mundo. Graças a iniciativas como essas, a Marfrig acaba de obter a primeira melhor colocação entre os pares diretos e a quarta melhor posição entre companhias de proteína animal no ranking global da FAIRR Initiative, uma rede colaborativa de investidores que aponta riscos e oportunidades da indústria de carne em questões ambientais, sociais e de governança (ESG).

Há algumas semanas, a PlantPlus Foods, joint-venture entre a Marfrig e a americana ADM, obteve as aprovações das autoridades regulatórias e está pronta para iniciar suas operações. A PlantPlus produzirá em larga escala, distribuirá e venderá produtos feitos com carne à base de plantas para os mercados da América do Sul e da América do Norte.

Operação América do Norte

Após um período atípico, causado pela queda da oferta de gado e pelos impactos da pandemia na produção, o mercado americano de carne bovina voltou a patamares considerados normais. No trimestre, a Operação América do Norte da Marfrig, representada pela National Beef, obteve uma receita líquida de 2,2 bilhões de dólares (R$ 12 bilhões) — em linha com o resultado registrado no terceiro trimestre de 2019, quando os preços foram positivamente afetados por um incidente que paralisou uma unidade de um dos principais concorrentes locais. O Ebitda Ajustado atingiu 321 milhões de dólares (R$ 1,7 bilhão) e a margem Ebitda Ajustado foi de 14,4%. No trimestre, a National Beef registrou recorde no volume de vendas — uma demonstração de que a demanda do mercado americano continua em alta.

Atualmente, a Operação América do Norte representa 65% das receitas líquidas totais da Marfrig, e 77% do Ebitda total. “Neste trimestre, vimos as consequências da pandemia perderem força no mercado”, diz Tim Klein, CEO da Operação América do Norte. “Os valores do gado e o preço da carne bovina voltaram aos patamares considerados normais e a operação das empresas do setor retomaram os níveis pré-covid, com a redução do absenteísmo.”

Operação América do Sul

O terceiro trimestre de 2020 foi um período de recordes para a Operação América do Sul da Marfrig. Com 17 unidades de abate e outras 7 de processamento no Brasil, na Argentina, no Uruguai e no Chile, a Operação América do Sul registrou uma receita líquida de R$ 4,8 bilhões, a maior já obtida em um trimestre. Em relação ao mesmo período de 2019, o crescimento de receita foi de 26,3%. Esse avanço foi motivado, em grande medida, pela alta do volume de exportações e pela desvalorização de mais de 35% do real frente ao dólar. O Ebitda Ajustado avançou 125%, passando de R$ 224 milhões no terceiro trimestre de 2019 para R$ 505 milhões. A margem Ebitda Ajustado, por sua vez, foi de 5,9% para 10,5%, na comparação anual. “Na Marfrig, acreditamos que sempre é possível fazer melhor”, afirma Miguel Gularte, CEO da Operação América do Sul. “Estamos focados em ser uma operação global de excelência e avançamos dia após dia.”

A Operação América do Sul também nunca exportou tanto quanto neste terceiro trimestre de 2020. O volume exportado foi de 138 mil toneladas, um aumento de 19,3% comparado ao terceiro trimestre passado. As vendas internacionais passaram a representar 62% das receitas totais da Operação, um aumento de 11 pontos percentuais na comparação anual. E mais da metade das receitas provenientes de exportação veio dos mercados da China e de Hong Kong.

A Marfrig é hoje a empresa com o maior número — 13, no total — de unidades habilitadas na América do Sul para vender aos chineses. Com o crescimento dos volumes exportados e a melhoria dos preços, China e Hong Kong passaram a responder por 10% das vendas totais da Marfrig. Os Estados Unidos foram outro mercado de destaque no período. Entre julho e setembro, as vendas da Marfrig para o país, concentradas na carne orgânica produzida no Uruguai e na carne in natura brasileira — dobraram.

Avanços em eficiências operacionais, com aumento de produtividade nas unidades e crescimento de 71% no volume de produtos processados, e de mercado fizeram com que a Operação América do Sul atingisse um lucro bruto de R$ 727 milhões, quase 80% superior ao registrado no terceiro trimestre de 2019. O Ebitda Ajustado cresceu 125%, passando de R$ 224 milhões para R$ 505 milhões na comparação anual. Considerando-se esse mesmo parâmetro, a margem Ebitda Ajustado passou de 5,9% para 10,5%.

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