O resultado líquido da Taesa foi favorecido pela alta do IGP-M e pela consolidação de de novos ativos e projetos da companhia. A empresa destacou no seu release de resultados que o maior índice macroeconômico registrado no acumulado do trimestre, de 6,67%, refletiu em um aumento de R$ 297 milhões na receita de correção monetária e de R$ 127 milhões no resultado de equivalência patrimonial. Somente o Resultado de Equivalência Patrimonial totalizou R$ 207,4 milhões entre julho em setembro, 158,5% maior que o reportado um ano antes.
Foi também positivo para a empresa a consolidação dos resultados das aquisições recentes de São João, São Pedro, Lagoa Nova. Além disso, a Taesa viu sua receita crescer com a conclusão dos reforços da Novatrans e a entrada em operação das concessões de Miracema; Mariana e EDTE, fatores que combinados adicionando aproximadamente R$ 158 milhões no lucro líquido do trimestre, informou a companhia.
A receita regulatória cresceu no 3T20 frente ao mesmo período do ano passado, em razão da entrada em operação de empreendimentos e reforços; e das aquisições concluídas, que adicionaram R$ 259,1 milhões em receita anual permitida. Esse desempenho demonstra a retomada do crescimento do resultado operacional da Taesa, após 2 anos consecutivos (2018 e 2019) de redução da receita em função das quedas contratuais da RAP das concessões de categoria 2″, escreveu a companhia em mensagem da administração.
Por outro lado, a companhia foi penalizada pelo aumento de 144,4% das despesas financeiras líquidas e pelo aumento de 20,2% nos custos e despesas operacionais.
Os custos e despesas operacionais totalizaram R$ 127,6 milhões; em função principalmente do início das operações das novas concessões e reajuste pela inflação, explicou a empresa. Somente os custos de Pessoal, Materiais, Serviços de Terceiros e Outros (PMSO) somaram R$ 65,7 milhões, com alta anual de 15,9%.
No 3T20, a companhia registrou uma redução de 18,8% no seu caixa, ou R$ 224,8 milhões, por conta do pagamento de proventos, desembolso de Capex para os projetos em construção no valor de R$ 224,7 milhões e pagamento de amortização e de juros de dívida no valor de R$ 348,5 MM, além de aportes nas controladas em conjunto que estão em construção no valor de R$ 26 milhões. A redução foi compensada em parte pela geração de caixa operacional no trimestre de R$ 308 milhões; e dividendos recebidos da coligadas e controladas de R$ 144 milhões.
Dividendos – Ontem (11/11) o Conselho de Administração da Taesa aprovou mais um pagamento de dividendos intercalares de R$ 410,8 milhões equivalentes e R$ 415,4 milhões a título de JCP totalizando R$ 0,4539 por ação.
