Ranking de Ações: JBSS3 na lanterna com -4,78% na semana.

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🌎 CENÁRIO EXTERNO

Nada novo no horizonte

Mercados

Bolsas asiáticas encerram o pregão de ontem predominantemente em território positivo. Na zona do euro, ativos ao redor do continente, capturados pelo índice Stoxx 600, dão sequência aos movimentos de queda vistos desde o início da semana, ao passo que futuros em NY acompanham o movimento. O dólar volta a ganhar terreno contra seus principais pares (DXY) e as commodities operam no vermelho. Destaque para o preço do petróleo (Brent Crude), que opera na contramão das commodities e é atualmente negociado em torno dos US$ 41,81 por barril.

Sem grandes novidades

Ativos de risco internacionais continuam, como era de se esperar, refletindo o vai-e-vem em torno das negociações por mais estímulos econômicos nos EUA. Pelosi e Mnuchin continuam as conversas, desfiando as diferenças, mas está ficando cada vez mais claro que a legislação por trás de um novo pacote de estímulos não será redigida, votada em ambas as casas e sancionada até antes das eleições no dia três de novembro. Ambos os negociadores devem continuar as conversas ao longo do dia de hoje. Enquanto isso, investidores continuam céticos, contentando-se apenas com as sinalizações de que o progresso está sendo feito.

Debate presidencial

Hoje a noite ocorrerá o último debate presidencial entre Biden e Trump antes das eleições. Após um verdadeiro espetáculo de horrores que se configurou majoritariamente como uma troca de farpas entre os candidatos, eleitores buscarão pistas para decifrar quem de fato será o mais competente para chefiar a Casa Branca. É de se esperar que Trump, com seu estilo agressivo de debate, focalize seus esforços em denegrir a imagem de Biden por meio de comentários feitos em relação ao seu filho, Hunter Biden. O candidato democrata, por sua vez, certamente tratará de manter o foco do eleitor concentrado no pobre gerenciamento da crise da Covid-19 efetuada por Trump. Quanto mais Biden conseguir fazer isto, mais eleitores indecisos ele conseguirá puxar para seu lado.

Economia alemã

O índice de confiança do consumidor, produzido pela Gfk, passou por uma por uma piora na leitura preliminar de outubro. Caiu de -1,7 para -3,1, espelhando os anseios mais recentes com relação à desaceleração da economia, parcialmente induzida pelo ressurgimento de casos da Covid-19. No pano de fundo, as preocupações com relação ao Brexit também tem pesado sobre a maior economia do continente junto com a recente apreciação do euro frente ao dólar, que tem desestimulado o setor exportador do país. Vale salientar que um valor abaixo de zero indicia pessimismo, e, acima de zero, otimismo. Por mais que o país tenha tido um relativo sucesso em conter a propagação do vírus, as sequelas deixadas pelas medidas de isolamento social no formato de uma deterioração econômica seguem pesando sobre o sentimento, deixando o índice abaixo de seus níveis pré-crise (9,70).

Na agenda

Além da confiança do consumidor na Alemanha, a agenda internacional destaca os novos pedidos de auxílio desemprego que ocorreram na semana passada. A cifra, que tem constantemente registrado elevados valores, seguirá pontuando a contínua deterioração no mercado de trabalho americano. Os novos pedidos serão acompanhados nos pedidos continuados, uma métrica alternativa para o número de indivíduos desempregados. A inércia do congresso americano em aprovar mais um pacote tem amplificado os problemas verificados, mantendo o mercado sob constante pressão.

CENÁRIO BRASIL

Disputa pela presidência da CMO pode agregar mais incerteza aos anseios fiscais do mercado

Senado adia uma série de votações

O presidente do Senado, David Alcolumbre, adiou novamente a votação do projeto de autonomia do Banco Central. Outros projetos que também foram adiados são: vetos presidenciais que abarcam a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos para 2021, alguns trechos do Novo Marco Legal do Saneamento, o Novo Marco Legal do Gás e a nova Lei das Falências. O adiamento de importantes pautas reformistas deve, novamente, atuar como um entrave para a valorização dos ativos, pois não reflete comprometimento completo da classe política com medidas que alavancam o investimento privado dentro dos respectivos setores.

Sucessão na Câmara agrega mais um empecilho ao avanço de propostas

A eleição municipal, a pandemia e a indecisão do governo não são os únicos fatores a dificultarem os trabalhos no Congresso. A eleição para presidente na Câmara e no Senado, que devem ocorrer no final de janeiro, agrega à lista de variáveis impeditivos que comprometem o trabalho dos parlamentares em momento decisivo para o futuro fiscal do Brasil. Os congressistas não conseguem chegar a um acordo em relação a quem será presidente da CMO (Comissão Mista Orçamentaria), colegiado que terá papel decisivo na formulação do Orçamento de 2021.

Briga pela presidência da CMO

Um grupo liderado pelo deputado Artur Lira (PP-AL), um dos principais presidenciáveis do Legislativo; renegou um acordo firmado com as parlamentares do DEM e do MDB que garantiria a presidência do colegiado ao deputado Elmar Nascimento (DEM- BA). Os dois partidos deixaram o bloco que antes apoiava Lira há alguns meses atrás. O grupo de Lira insiste que a CMO seja presidida pela deputada Flávia Arruda (PL-DF). O embate ameaça postergar a aprovação do Orçamento de 2020 para o ano que vem, fato que deve agregar mais incerteza ao atual clima de fiscal do mercado.

Bolsonaro cancela compra da CoronaVac

O presidente Jair Bolsonaro cancelou a compra de 46 milhões de doses da vacina CoronaVac que foram solicitadas pelo ministro Eduardo Pazuello (Saúde). O presidente revelou o seu desgosto com a iniciativa em uma postagem nas mídias sócias, feita em reposta a críticas publicadas pelos seus apoiadores, os informando que o Brasil não comprará a “vacina chinesa de João Doria”. Mais tarde, durante uma visita as instalações da Marinha em Iperó (SP), o presidente reafirmou que a compra de “qualquer vacina está descartada”.

Herói da pandemia

O presidente Jair Bolsonaro justificou a sua atitude afirmando que antes que qualquer vacina seja comprada, a mesma terá de ser “comprovada cientificamente pelo Ministério da Saúde e certificada pela Anvisa”, apesar de que esta estipulação já fazia parte do contrato assinado pelo ministro Pazuello. Ademais, um contrato de compra de 100 milhões de doses da vacina de Oxford já foi firmado, isso antes de receber aval definitivo da Anvisa. A reação do presidente e a contradição em relação a compra adiantada da vacina de Oxford, e da vacina de origem chinesa, sugerem que Bolsonaro foi motivado pela sua rivalidade com o governador João Doria, responsável pela parceria entre o Instituto Butantan e o laboratório asiático que desenvolveu a CoronaVac.

Joao Doria promete acionar STF

Em reação à inciativa do presidente, o governador João Doria prometeu levar a disputa ao Supremo; caso o mesmo não recue dentro de um prazo de 48 horas (até sexta).

Consequências

Caso Doria cumpra a sua promessa, o embate deve testar a aproximação e boa convivência cultivada recentemente pelo presidente Bolsonaro com a cúpula do Judiciário. Em relação a repercussão na mídia, as críticas à gestão da crise sanitária devem voltar à tona. Muitas matérias já destacaram o fato de que Pazuello é o terceiro ministro a ser desautorizado pelo presidente dentro de menos de um ano. Como um único laboratório terá capacidade de produzir o número de vacinas necessárias para imunizar os mais 210 milhões de brasileiros, a insistência em ignorar inoculações associadas a rivais políticos impactará diretamente o número de óbitos e estagnação econômica causada pela Covid-19.

Na agenda

A agenda econômica local destaca apenas o leilão tradicional de LTNs, LFTs e NTN-Fs promovida pelo Tesouro Nacional às 11hrs da manhã.

E os mercados hoje?

Ativos de risco nos EUA devem continuar sob pressão enquanto negociadores em Washington não entram em um consenso definitivo para avançar com mais um pacote de estímulos. Na Europa, a piora da confiança dos consumidores soma à incerteza decorrente do ressurgimento da covid-19 e leva bolsas por lá a encerrar a semana com desempenho notadamente fraco. Aqui no Brasil, o leilão do Tesouro deve pressionar as taxas, enquanto as incertezas em torno das pautas econômicas de Brasília agregam ainda mais volatilidade e incerteza. Com isto, esperamos um dia de viés negativo para ativos de risco domésticos.

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