A Neoenergia registrou no 3T20 um lucro líquido de R$ 814 milhões, com crescimento de 36% em relação ao lucro de R$ 600 milhões do 3T19. Com isso, no acumulado em nove meses deste ano; o lucro atingiu R$ 1,81 bilhão, 13% superior a R$ 1,61 bilhão de janeiro a setembro do ano passado.
Ao preço de R$ 17,72/ação, equivalente a um valor de mercado de R$ 21,5 bilhões, a ação NEOE3 registra queda de 27,4% este ano. O Preço Justo de R$ 25,00/ação traz um potencial de alta de 41,1%.
Destaques
No 3T20 a geração de caixa medida pelo EBITDA cresceu 17%, na comparação com o registrado no terceiro trimestre do ano passado, de R$ 1,51 bilhão para R$ 1,76 bilhão. Em nove meses, o EBITDA cresceu 4% para R$ 4,4 bilhões.
A receita operacional líquida totalizou R$ 7,78 bilhões no 3T20; 12% superior aos R$ 6,92 bilhões do 3T19, acumulando uma receita de R$ 21,14 bilhões (+4%) no 9M20. O Lucro Bruto apresentou alta de 15% no trimestre para R$ 2,64 bilhões, refletindo os efeitos dos reajustes tarifários anuais das distribuidoras do grupo em abril (Coelba, Celpe e Cosern), e agosto (Elektro), além da aplicação do IFRS15 na transmissão de R$ 174 milhões. Também contribuiu o crescimento do volume de energia vendido pelas distribuidoras, de 1,33% na comparação com o mesmo período de 2019. No acumulado do ano até setembro, a energia distribuída pela companhia recuou 2,5%, ainda refletindo os impactos da pandemia.
O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 197 milhões no 3T20, abaixo de R$ 310 milhões em igual trimestre do ano anterior; contribuindo positivamente para a construção do lucro líquido. A redução é explicada pela menor despesa com encargos de dívida devido; principalmente, pela redução do CDI, principal indexador da dívida do grupo (57% do endividamento).
Os investimentos somaram R$ 1,87 bilhão no 3T20 (+60% em 12 meses) e R$ 4,2 bilhões no 9M20 (+42%) em virtude do avanço dos projetos de Transmissão e Eólicos. Destaque para a redução da alavancagem de 3,33x no 3T19 para 2,85x no 3T20.