Após Ibovespa ter queda de 4,80% em setembro, as carteiras mensais feitas pelos analistas das principais corretoras do país foram divulgadas com suas recomendações para outubro. Dessa forma, nós do Acionista compilamos as 3 ações mais recomendadas e suas teses abaixo.

Confira as top 3 ações recomendadas pelos analistas

Vale (VALE3)

Com sede no Brasil e presente em mais de 30 países, a Vale é a maior produtora mundial de minério de ferro, pelotas e níquel. No ano de 2019, o segmento de minerais ferrosos representou aproximadamente 88% do EBITDA da Vale e o segmento de metais básicos (níquel, cobre e seus subprodutos) 12% do EBITDA, dado que ainda há uma contribuição negativa do segmento de carvão, bem como gastos decorrentes da tragédia de Brumadinho para o EBITDA da companhia. A Vale é a maior beneficiária dos prêmios pela qualidade do minério de ferro, e apesar dos prêmios atuais estarem abaixo de um nível normalizado devido a uma sobre oferta de produtos de alta qualidade e baixos contaminantes, os analistas acreditam que eles devem se recuperar com uma diminuição de oferta vindo de produtores de alto custo e uma busca por menores níveis de poluição na indústria siderúrgica na China.

A Vale continua sendo a escolha preferida dos analistas no setor de mineração e siderurgia, com base no panorama positivo para os preços do minério de ferro no curto prazo. Após a divulgação de seus resultados no 2T20, a empresa mencionou esperar que seu FCF melhore no 2S20, e declarou que gerou mais de USD 1 bilhão somente em julho (mais do que em todo o 1S20). A Vale está confiante em atingir o patamar inferior de seu guidance da produção (310 milhões de toneladas) e retornar a 400 milhões de toneladas em 2022.

B3 (B3SA3)

Os analistas recomendam a ação da B3 com base na atuação integrada e verticalizada da bolsa, após a aquisição da Cetip, que vem gerando ganhos de sinergia significativos (conforme já vem sendo demonstrado nos últimos resultados). As ações da companhia tiveram forte valorização em 2019 (+63,26%) na esteira do crescimento massivo do número de investidores pessoas físicas, passando de 813 mil ao final de 2018 para 1,6 milhão ao final de 2019 e 2,9 milhões em agosto de 2020. Adicionalmente, o cenário de mais volatilidade pode gerar maior volume financeiro transacionado em bolsa, resultando em um incremento da margem líquida e geração de caixa para o próximo trimestre.

Os analistas também percebem o setor permanecendo com a concentração da B3, tendo em vista as altas barreiras de entrada impostas neste mercado. Além disso, a companhia se mostra sempre ativa na busca de introdução de novas oportunidades seja via M&A ou via crescimento orgânico através da introdução de novos produtos e estruturas no mercado brasileiro.

Gerdau (GGBR4)

A Gerdau foi muito recomendada pois combina uma série de qualidades que os analistas valorizam: forte crescimento da receita, baixa alavancagem, geração de FCF, pouca exposição cambial e uma recomendação temática (imobiliário).

Dessa forma, os analistas acreditam na força estrutural dos mercados imobiliários no Brasil e esperam que a demanda por aços longos continue tendo desempenho superior ao dos planos. Assim, a empresa está bem posicionada para repassar aumentos de preços e superar as expectativas. Os especialistas esperam que o mercado brasileiro de aços longos expandindo em 2020, e assim há a expectativa de que a Gerdau ganhe participação de mercado, devido ao seu forte posicionamento no segmento de varejo de construção. Por fim, também há um potencial positivo de expandir a lucratividade nos EUA, mas as expectativas sobre isso continuam baixa.

Embora a ação não esteja barata com base em 2021, há expectativa de um crescimento de vários anos à frente e a melhor história bottom-up do setor. A Gerdau é negociada a 6,1x o EBITDA 21, um pouco abaixo de seu múltiplo normalizado

Fonte: BTG Pactual, Itaú BBA, Necton

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