A empresa apresentou uma notícia positiva, com a retomada das operações da usina de Viga, mas a imprensa publicou uma informação negativa, com a possível retomada de uma ação judicial bilionária, referente ao acidente ocorrido na barragem de rejeitos da Samarco em Mariana-MG.

A empresa informou que conseguiu um mandado de segurança determinando que o município de Jeceaba – MG faça a expedição dos alvarás de Localização e Funcionamento de 2019 e 2020, relativos à disposição de rejeitos na barragem B7.

Com esta decisão judicial, foram retomadas as operações da usina de concentração de Viga, que ficou paralisada por seis dias. Esta usina produz 11 mil toneladas diárias de minério de ferro.

A volta à operação desta usina é uma boa notícia para a Vale, que deve produzir este ano entre 310 – 330 milhões de toneladas de minério. É importante lembrar que a produção da empresa está prejudicada, desde o ano passado, com o rompimento de uma barragem de rejeitos em Brumadinho-MG.

Durante o dia de ontem, a imprensa noticiou que o Ministério Público Federal e estadual de Minas Gerais e do Espírito Santo, além das Defensorias Públicas dos dois estados, pediram à justiça a retomada de uma ação contra a Samarco, a Vale a BHP Billiton. Esta ação, no valor de R$ 155 bilhões, se refere ao acidente com a barragem de rejeitos da Samarco em Mariana – MG, que ocorreu em novembro de 2015. Esta ação foi suspensa em agosto/2018, em função de um acordo realizado pelas empresas e os mesmos órgãos da justiça que agora pedem sua retomada.

Esta notícia é negativa para a Vale, porque coloca novamente um risco de perda que já havia sido mitigado.

Nossa recomendação para VALE3 é de Compra com Preço Justo de R$ 60,50 (potencial de alta em 3%). Nos últimos doze meses, VALE3 subiu 31,9%, enquanto o Ibovespa teve uma desvalorização de 8,2%. A cotação desta ação no último pregão (R$ 58,86) estava 4,0% abaixo da máxima alcançada neste ano e 89,0% acima da mínima.

GUIDE INVESTIMENTOS: VALE (VALE3) declara 33 estruturas sem estabilidade

A Vale informou que 33 das 104 estruturas avaliadas nesse ano, não possuem estabilidade.

9 destas estão nos níveis 2 e 3 de emergência e continuam com áreas evacuadas.

O sistema de barragens funciona com base em declarações emitidas por engenheiros de registro, que avaliam as estruturas.

De acordo com a Vale, estas 33 estruturas serão alvo de descaracterização.

A companhia ainda retomou as operações na usina de concentração de Viga após seis dias de paralisação. Uma decisão judicial havia suspendido a disposição de rejeitos e a realização de obras na barragem B7, mas a Vale obteve recurso favorável após um mandado de segurança. A unidade tem capacidade de produção de 11 mil toneladas de minério de ferro por dia.

Impacto: Negativo. Após o desastre de Brumadinho, os investidores enxergam alto risco ambiental dentro da operação da companhia. Mesmo com a Vale anunciando que vem checando o nível de segurança das estruturas, o fato de terem 33 sem estabilidade pode preocupar o mercado.

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