“Diversas empresas sugeriram que o abrandamento das restrições relacionadas à covid-19 as ajudou a atingir um volume saudável de novos pedidos, com a depreciação do real brasileiro em relação ao dólar norte-americano servindo de base para a primeira expansão nos níveis de exportação em mais de um ano”, disse, em nota, a diretora econômica da IHS Markit, Pollyanna de Lima. Quando acima dos 50 pontos, o PMI sinaliza melhora nas expectativas dos empresários do setor em relação ao mês anterior.
De acordo com a empresa, o aumento do PMI de setembro em relação a agosto foi puxado por uma melhora nos índices de emprego e estoque de insumos, além de um crescimento nos prazos médios de entrega. O volume de pedidos teve aumento acentuado em setembro, no segundo ritmo mais forte desde o início da pesquisa.
Os industriais também aumentaram o nível da produção no segundo ritmo mais intenso desde 2006. A elevação só ficou atrás da observada na passagem de julho para setembro, segundo a IHS Markit. Mesmo assim, o aumento dos pedidos em atraso foi recorde na série histórica da pesquisa e as empresas citaram escassez de materiais e problemas de fornecedores.
“A dificuldade de obtenção de itens fundamentais para a produção forçou as empresas a diminuir os estoques de bens acabados. Além disso, como agora é necessário mais dinheiro para comprar poucos produtos, isso significa um aumento recorde dos custos de insumos”, disse Pollyanna.
Em setembro, os preços de insumos e bens cresceram em ritmos recordes para a pesquisa. O aumento foi associado à depreciação do real, além da alta demanda pelos insumos e da falta de matéria-prima disponível. Nos próximos 12 meses, as empresas esperam aumento na produção.