Reunidos em assembleia, os credores da Oi aprovaram o aditamento ao plano de recuperação judicial da companhia.

Com relação aos votos, na classe I, de credores trabalhistas, houve 99,8% de votos favoráveis entre os presentes; na II. de credores com garantia real, da qual o BNDES era o único integrante, a aprovação foi de 100%; no grupo dos credores quirografários presentes à AGC, 96,84% dos participantes da assembleia votaram a favor do aditamento, representando 68,15% do valor total dos créditos de determinada classe. E os votos favoráveis, entre as microempresas, totalizaram 99,2% dos presentes.

O aditamento, era algo considerado fundamental para a Oi, pois com isto conseguiria realizar a manutenção de sua estratégia de investimentos.

Com este aprovado por seus credores, é possível alienar os ativos de telefonia móvel da operadora, data centers; torres de telecomunicações e de parte da infraestrutura de fibra óptica, além de operação de TV paga via satélite.

Após longas negociações, a Oi aceitou reduzir o desconto incidente sobre o valor de face da sua dívida com bancos locais e agências de crédito à exportação, de 60% para 55%.

Uma outra concessão aos credores foi a redução de 55% para 50% no desconto que incide sobre a dívida para as instituições financeiras que disponibilizarem linhas de fiança bancária para a companhia.

Por fim, a Oi se comprometeu em excluir previsão de dois turnos para realização de leilões reversos destinados ao pagamento de credores.

Segundo Camille Faria, diretora de finanças e relação com investidores, o plano, já com as alterações resultantes do aditamento; deve reduzir a dívida total da operadora de R$ 26,1 bilhões (valor justo) para R$ 9,7 bilhões.

Impacto: Positivo. A aprovação do aditamento do plano de recuperação judicial da Oi já estava em sua estratégia de investimentos. Além disso, ele viabiliza a redução de sua dívida total de R$26,1 bilhões para R$ 9,7 bilhões.

PLANNER: OI (OIBR3 e OIBR4) – Aprovada em AGE a mudança no Plano de Recuperação Judicial

Foi aprovada em uma assembleia virtual que durou 12 horas, a proposta de mudanças no plano de recuperação judicial da companhia.

Após uma tentativa de cancelamento da assembleia por parte de bancos credores (Caixa Econômica, Banco do Brasil e Itaú), sem sucesso e apesar das divergências durante a assembleia com os bancos, a companhia conseguiu maioria necessária para iniciar uma reestruturação ampla dos seus negócios, que marcará a saída do setor de telefonia e internet móveis, passando a atuar como uma empresa de infraestrutura de fibra ótica.

Foram registrados votos favoráveis de 99,8% da classe de credores trabalhistas, 100% de credores com garantia real (em que figura apenas o BNDES), 96,8% entre os credores sem garantia real (aí estão bancos e os bondholders) e 99,2% de fornecedores e microempresas. A Oi tem 25 mil credores, dos quais mais de 5 mil se cadastraram para participar do evento.

A proposta de reformulação do plano prevê a venda de redes móveis, torres, data centers e parte da rede de fibra ótica, levantando mais de R$ 22 bilhões. O dinheiro será usado para fazer o pagamento antecipado de dívidas, com cortes dos valores na faixa de 50% a 55%, além de sustentar os investimentos futuros.

O principal ativo são as redes móveis, que já receberam proposta vinculante de R$ 16,5 bilhões do consórcio formado pelas rivais Vivo, Claro e TIM, que pretendem dividir entre si as redes e os clientes da Oi. A empresa de infraestrutura Highline do Brasil, do fundo americano Digital Colony, também fez oferta de valor não revelado.

Se tudo der certo após a alienação dos ativos, a Oi espera reduzir o endividamento e concluir a recuperação judicial em maio de 2022.

Se concluir a negociação a Oi pretende tornar-se uma empresa focada em fibra ótica; prestando serviços de banda larga ao público em geral e oferecendo suas redes de forma neutra para as demais operadoras de 4G e 5G.

A Oi tem a maior rede de fibra do Brasil e uma das maiores do mundo, com 388 mil quilômetros. A empresa planeja levar essa rede até a porta de 32 milhões de clientes até 2024.

A ação OIBR3 fechou a R$ 1,86 (+116,3% no ano) e a OIBR4 encerrou a R$ 3,02 (+145,5% no ano). O valor de mercado da empresa é de R$ 11,3 bilhões.

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