O Indicador Movimento do Comércio, que acompanha o desempenho das vendas no varejo em todo o Brasil, avançou 4,5% em julho na comparação mensal dessazonalizada, de acordo com dados apurados pela Boa Vista. Na avaliação acumulada em 12 meses, o indicador apresenta retração de 3,2%. No acumulado do ano houve queda de 7,5% contra o mesmo período do ano passado. Já em relação ao mesmo mês de 2019, o varejo recuou 1,3%.

Após o indicador registrar queda acentuada em abril, os resultados do trimestre entre maio e julho recuperam parte dessa perda e somam três avanços mensais consecutivos; refletindo leve reação do varejo com as medidas de estímulo aos empresários e consumidores no combate à crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.

Ademais, dadas as adversidades provocadas pela chegada do novo vírus, reduzindo renda e emprego; e pelas medidas de isolamento social ainda vigentes, espera-se que o movimento do comércio siga bastante fragilizado ao longo de 2020. Portanto, apesar do aumento na base mensal, melhores resultados ainda dependerão da continuação na flexibilização das medidas de isolamento e do desempenho dos principais setores da atividade.

Setores

Na análise mensal, o segmento de ‘Móveis e Eletrodomésticos’ apresentou alta de 12,8% em julho após já ter avançado em maio e junho, descontados os efeitos sazonais. Já nos dados sem ajuste sazonal, o segmento desacelerou seu ritmo de queda na análise acumulada em 12 meses registrando variação de -14,0%.

A atividade de ‘Supermercados, Alimentos e Bebidas’ registrou variação de -0,1% no mês na série dessazonalizada. Na série sem ajuste, a variação acumulada em 12 meses foi de 2,8% em relação ao ano anterior.

Já a categoria de ‘Tecidos, Vestuários e Calçados’ cresceu 6,1 no mês, expurgados os efeitos sazonais. Nos dados acumulados dos últimos 12 meses houve alta de 5,2%.

Por fim, o segmento de ‘Combustíveis e Lubrificantes’ apresentou elevação de 0,7% em julho considerando dados dessazonalizados; enquanto, na série sem ajuste, a variação acumulada foi de -7,4%.

Publicidade

Investir sem um preço-alvo é acreditar apenas na sorte