A Fundação Getulio Vargas (FGV) anunciou que a expectativa mediana de inflação dos consumidores brasileiros para os próximos 12 meses registrou no mês de agosto queda de 0,2 ponto percentual, para 4,3%, atingindo novo mínimo histórico. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve redução de 0,8 ponto percentual.
‘Apesar da pressão de alguns preços em agosto, como gasolina e energia elétrica; os consumidores continuam otimistas em relação às perspectivas de inflação para os próximos doze meses. Isso sugere que o cenário de atividade econômica deprimida aliado às baixas expectativas do mercado continuam exercendo forte influência nas expectativas dos consumidores; levando a novos mínimos históricos’, afirma Renata de Mello Franco, Economista da FGV IBRE.
Em agosto, 57,5% dos consumidores projetaram valores abaixo da meta de inflação para 2020 (4,0%), a maior parcela nos últimos seis meses, enquanto a proporção de consumidores projetando acima do limite superior da meta de inflação para 2020 (5,5%) diminuiu 1,8 ponto percentual (p.p.), de 30,1% para 28,3%, a menor parcela nos últimos seis meses.
Em agosto, as expectativas medianas para a inflação nos 12 meses seguintes em todas as faixas de renda diminuíram, principalmente as de menor poder aquisitivo. A maior variação foi observada nas famílias com renda entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil; cujas expectativas caíram 0,4 p.p., de 5,3% para 4,9%, próximo do mínimo histórico que ocorreu em agosto de 2007 (4,7%). Já as famílias com renda acima de R$ 9,6 mil registraram novo mínimo histórico pelo terceiro mês seguido, com recuo de 0,1 p.p., para 3,5%.