📊 CENÁRIO ECONÔMICO & MERCADOS

O Brasil definitivamente não é para amadores. Ao cair da noite, após o país ter sido nominalmente citado na ata da última reunião do FOMC pela forte desvalorização do Real frente ao dólar; como resultado dos contínuos cortes de juros, COVID-19 e turbulência política, o senado resolveu derrubar o veto de Bolsonaro ao aumento do funcionalismo.

Com uma bancada expressiva na câmara de defesa dos servidores públicos, o que traz dúvidas sobre a real possibilidade de uma reforma administrativa conseguir ultrapassar a barreira do corporativismo, Maia deverá fazer um trabalho muito bem azeitado para tentar manter o veto, caso ele o queira.

Para adicionais ainda mais ao caldeirão político, bastante ativo nesta semana sem agenda econômica relevante; a câmara municipal de São Paulo aprovou em primeiro turno o PL309/20, suspendendo temporariamente o benefício fiscal do ISS para o setor financeiro.

Caso o projeto seja aprovado em definitivo, será alterada a alíquota de ISS (Imposto Sobre Serviços) de 2% para 5% a partir da data em que a proposta entrar em vigor até 31 de dezembro de 2020, e de 2% para 4% em 2021. O benefício fiscal volta a ser concedido em 1° de janeiro de 2022. Ou seja, aumenta o imposto sobre o crédito no momento em que mais se precisa de crédito no país.

Em todo este contexto, abrem-se uma série de dúvidas, entre elas como o BC deve encarar a manifestação do Federal Reserve sobre os juros no Brasil, qual o real cacife político de Bolsonaro para tentar avançar com a agenda que desesperadamente Guedes tenta implantar o país tanto precisa e o quanto mais a classe política pode criar de danos em meio à pandemia.

De todas estas dúvidas, talvez tenhamos em breve uma manifestação da autoridade monetária, porém provavelmente defendendo a política atualmente adotada, dado o histórico recente da instituição.

Ao restante, resta ao mais resoluto ateu rezar para uma solução que beneficie o país e não grupos de interesse; como usualmente tem ocorrido neste país desde a sua fundação.

O Fed não se mostrou muito confiante na recuperação econômica americana, portanto; fiquemos atentos pois se os EUA não se recuperarem, nossas chances são diminutas com tais políticos em voga. Hoje em destaque aos pedidos de auxílio desemprego e indicadores antecedentes, ambos nos EUA.

📈 ABERTURA DE MERCADOS

A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com uma ata mais pessimista do FOMC. Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, após a manutenção de juros na China.

O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos vencimentos.

Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao minério de ferro.

O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York, com a menor queda dos estoques americanos da commodity.

O índice VIX de volatilidade abre em alta de 5,15%.

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