Foram divulgados dados positivos da siderurgia brasileira e chinesa, que acreditamos, já impactaram as ações do setor. Estes números indicam a recuperação da produção no Brasil, o que é uma boa notícia para nossas siderúrgicas, e também para as produtoras de minério de ferro, mostrando que a demanda chinesa pode sustentar bons patamares de vendas e preços.
Na China, a produção de aço bateu recorde em julho. O volume produzido alcançou 93,4 milhões de toneladas, 1,9% maior que em junho e 9,1% acima do mesmo mês de 2019. Este crescimento é consequência dos estímulos concedidos pelo governo local, para investimentos em infraestrutura, principalmente.
Segundo os dados divulgados pelo Instituto Aço Brasil (IABr), a produção brasileira de aço bruto em julho foi de 2,6 milhões de toneladas, 3,5% maior que no mesmo mês de 2019. Nos primeiros sete meses do ano, o volume produzido atingiu 17,1 milhões de toneladas, 13,9% abaixo deste período de 2019.
As vendas de aço no mercado interno em julho subiram 8,0% para 1,7 milhão de toneladas. Nos laminados, houve um aumento de apenas 0,1% no volume vendido de aços planos, mas um salto de 18,6% em longos. A venda de semiacabados teve um incremento de 21,6% em julho, puxada pela elevação de 82,2% em blocos e tarugos. No acumulado do ano, as vendas caíram 7,7%, em relação ao mesmo período de 2019.
Em julho, as exportações brasileiras de aço tiveram outro mês com fraco desempenho, sendo que o volume total caiu 12,4%, principalmente com a redução de 38,6% em longos. Por outro lado, as vendas ao exterior de aços planos aumentaram 10,4%. Em valor, as exportações nacionais em julho caíram 32,6% para US$ 392 milhões (queda de US$ 190 milhões em relação a jul/19).
Uma boa notícia em julho foi a forte redução das importações. O volume importado no mês caiu 27,7% para apenas 146 mil toneladas. No acumulado do ano, o volume de importação teve uma queda de 18,5% e o total de dispêndios caiu 16,0% para US$ 1,3 bilhão.
