INTERNACIONAL: Bolsas caem com restrições a viagens pelo Reino Unido

Bolsas europeias caem e futuros dos índices nos EUA recuam, enquanto dollar index sobe após três baixas seguidas, com as novas regras de quarentena para chegadas ao Reino Unido desvalorizando as ações dos setores de turismo e lazer. Stoxx Europe 600 afundou depois que Grã-Bretanha acrescentou França; Holanda e Malta à sua lista de países dos quais as pessoas que chegam têm de ficar em quarentena por 14 dias. Ações de Hong Kong e Xangai subiram após dados mostrarem que a recuperação econômica da China continuou em julho, apesar de os dados piores que o previsto. Petróleo recua com receio sobre vírus; cobre sobe e níquel cai em manhã sem rumo claro para metais.

ECONOMIA/PODER: Bolsonaro tem aprovação recorde; rejeição cai 10 pontos

O presidente Jair Bolsonaro está com a melhor avaliação desde que começou o seu mandato. Segundo o Datafolha, 37% dos brasileiros consideram seu governo ótimo ou bom, ante 32% que o achavam na pesquisa anterior, feita em 23 e 24 de junho. Mais acentuada ainda foi a queda na curva da rejeição: caíram de 44% para 34% os que o consideravam ruim e péssimo no período. Consideram o governo regular, por sua vez, 27%, ante 23% em junho. O instituto entrevistou por telefone 2.065 pessoas de 11 a 12 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos. (Folha)

A mudança do humor da população ocorreu concomitantemente à maior alteração na persona pública de Bolsonaro. O presidente passou o primeiro semestre em um crescente embate institucional, que chegou ao paroxismo com sua participação em atos pedindo o fechamento do Congresso e do STF. Depois, moderou suas declarações contra adversários e parou de dar corda a apoiadores radicais que o esperam à porta do Palácio da Alvorada. Antes desta rodada do Datafolha, a melhor pontuação do presidente havia sido 33% de ótimo e bom, taxa registrada em duas pesquisas. A rejeição voltou ao patamar dos seis primeiros meses de mandato, em torno de 30%. (Folha)

Um dia depois de fazer a defesa do teto de gastos, que proíbe o avanço das despesas em ritmo superior à inflação, o presidente Jair Bolsonaro admitiu ontem que existe no governo a ideia de descumprir o mecanismo. “A ideia de furar o teto existe, o pessoal debate. Qual o problema?”, questionou, durante transmissão nas redes sociais. Na terça-feira, o ministro Paulo Guedes alertou Bolsonaro que a mudança na regra do teto de gastos deixava o presidente na “zona sombria” do impeachment. O presidente também usou o orçamento de guerra, aprovado pelo Congresso para tirar as amarras no combate à pandemia, como respaldo para a edição de uma Medida Provisória para abrir crédito extraordinário de cerca de R$ 5 bilhões para custear obras. (Estadão)

O ministério da Economia informou, ontem (13) à noite, que foram escolhidos os substitutos de Salim Mattar e Paulo Uebel, secretários que pediram demissão das áreas de desestatização e desburocratização. Paulo Guedes indicou Diogo Mac Cord para a Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, responsável pelas privatizações de empresas estatais. E Caio Andrade foi o escolhido para a Secretaria Especial de Desburocratização Gestão e Governo Digital, que está a cargo da reforma administrativa planejada pelo governo. As indicações confirmam a estratégia da pasta de dar solução interna para a sucessão dos secretários demissionários. (Folha)

A Receita Federal avalia possíveis modelos para o novo tributo e técnicos têm se reunido com representantes do Banco Central para avaliar os tipos de cobrança e seus efeitos colaterais. O debate inclui a possibilidade de cobrar transações interbancárias, investimentos e até operações entre contas de mesma titularidade, algo que era isento enquanto vigorou a CPMF. A análise feita no momento prevê incidência sobre o que vem sendo chamado de transações externas, como saques, compras em lojas e na internet, pagamentos de boletos ou contas e operações digitais. (Folha)

O governo prepara medida provisória que abre crédito extraordinário de pelo menos R$ 5 bilhões para o custeio de investimentos em infraestrutura e ações indicadas por parlamentares. Os ministérios estão elaborando uma lista de obras que podem ser contempladas, mas ainda não há definições. O acordo foi selado anteontem em conversa do presidente Jair Bolsonaro com ministros e parlamentares; e pouco antes de o presidente defender em pronunciamento a manutenção do teto de gastos. O mecanismo do crédito extraordinário é uma das poucas exceções possíveis para que despesas fiquem livres de limitações impostas pelo teto de gastos. (Estadão)

EMPRESAS: JBS encerrou o segundo trimestre de 2020 com lucro líquido de R$ 3,379 bilhões

CENTAURO (CNTO3): A Centauro apresentou prejuízo líquido de R$ 102,2 milhões no segundo trimestre de 2020, revertendo o lucro de R$ 111,8 milhões apresentados um ano antes. O Ebitda no período foi de R$ 46,7 milhões negativos, também revertendo o número positivo de R$ 175,5 milhões de 2019. O segundo trimestre de 2020 foi um dos mais desafiadores da história de nossa companhia. A pandemia do novo coronavírus impactou profundamente nossas operações, principalmente nas lojas físicas, resultando em uma queda brusca em nossas receitas. A receita líquida da plataforma digital da Centauro foi de R$ 191,9 milhões no trimestre, aumento de 85,5% na comparação anual. O volume bruto de mercadoria (GMV), que inclui loja digital e marketplace; foi de R$ 272,8 milhões no período, crescimento de 105% se comparado com o segundo trimestre de 2019. As vendas do marketplace cresceram 293,6% e representaram 11,4% das vendas da plataforma digital no trimestre. Já a receita líquida em lojas físicas caiu 89,3% na variação anual, a R$ 47,5 milhões. Mesmo com o Ebitda negativo, a Centauro informa que o fluxo de caixa operacional do trimestre foi positivo em R$ 71,7 milhões; devido a iniciativas tomadas pela companhia para preservação de caixa durante a pandemia.

CCR (CCRO3): Com impacto total da pandemia do coronavírus sobre os negócios, a CCR reportou um prejuízo líquido de R$ 142,1 milhões no segundo trimestre, contra um lucro de R$ 347,4 milhões um ano antes. Os números foram divulgados há pouco, em balanço enviado à CVM. A queda no movimento das rodovias foi o principal entrave do grupo no trimestre. O tráfego consolidado apresentou decréscimo de 18,2%, sendo que, excluindo-se a CCR ViaSul, a queda foi de 22,1%. Já o Ebitda recuou 38,1% , para R$ 853,6 milhões. A margem Ebitda caiu 13,5 pontos porcentuais, de 61,8% para 48,3%. A Receita Líquida registrou queda de 20,9%, indo de R$ 2,234 bilhões no segundo trimestre de 2019 para R$ 1,767 bilhão no mesmo período deste ano. Apesar do cenário difícil para o trimestre, a CCR trouxe um recorte dos seus números que mostram uma retomada no período. As quedas apontadas no tráfego consolidado no início de cada mês do trimestre (abril, maio e junho) foram de 30%, 24% e 14% respectivamente.

JBS (JBSS3): JBS, uma das maiores produtoras de carne do Brasil, encerrou o segundo trimestre de 2020 com lucro líquido de R$ 3,379 bilhões; ou R$ 1,27 por ação, valor 54,8% maior do que o lucro de 2,183 bilhões verificado no mesmo período de 2019, informou a empresa nesta quinta-feira. A receita líquida ficou em R$ 67,582 bilhões, aumento anual de 32,9%. Já o Ebtida ajustado foi de R$ 10,496 bilhões, alta de 105,9% ante o segundo trimestre do ano passado, com margem de 15,5%, contra 10% na mesma base comparativa. Por unidade de negócio, o maior crescimento do Ebitda foi da JBS Brasil, com alta de 222,8%; seguido por JBS USA Beef, com avanço de 208,7%, e pela JBS USA Pork, de 153,7%. A dívida líquida da companhia somou R$ 54,517 bilhões, 21,8% superior ao reportado em igual trimestre de 2019, em R$ 44,771 bilhões. Em dólares, entretanto, a dívida líquida caiu 14,8%, de US$ 11,683 bilhões para US$ 9,955 bilhões. Com isso, a alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, ficou em 2,1 vezes em reais e 1,75 vez em dólares no segundo trimestre, a menor da história, segundo a JBS. O resultado financeiro líquido no trimestre ficou negativo em R$ 3,229 bilhões, ante resultado negativo de R$ 697,6 milhões no mesmo trimestre de 2019.

RUMO (RAIL3): Rumo reportou um lucro líquido de R$ 405 milhões no segundo trimestre de 2020, aumento de 118% na comparação com igual trimestre de 2019. A sustentação para os números veio do aumento de 13,9% no volume transportado no trimestre na comparação anual, para 16,4 bilhões de TKU (tonelada quilômetro útil). O avanço refletiu a alta demanda por transporte e a safra recorde de soja. O EBITDA ajustado foi de R$ 982 milhões, 6,3% superior ao registrado um ano antes. No critério contábil, o indicador cresceu 31,5%, para R$ 1,216 bilhão. A margem Ebitda ajustada foi de 53,7%, alta de 0,2 ponto porcentual. A receita líquida totalizou R$ 1,828 bilhão, crescimento de 5,7% ante o reportado um ano antes, refletindo o aumento do volume, mas contrabalançado pela queda da tarifa em 8,5%. O maior impacto na tarifa neste trimestre foi decorrente da queda de 25,3% no preço do combustível com relação ao segundo trimestre de 2020, que representou uma queda de 6,3% na tarifa, já que os contratos comerciais preveem um repasse de 25% da variação do combustível para o preço do frete. No trimestre, o capex da Rumo atingiu R$ 722 milhões, 64,6% superior ao reportado no segundo trimestre de 2019. “O valor inclui R$ 163 milhões na Malha Central, que deve apresentar aumento nos próximos trimestres”, acrescentou a empresa.

SUZANO (SUZB3): Com uma combinação de forte desempenho operacional e depreciação do real frente ao dólar, a Suzano reportou prejuízo líquido de R$ 2,053 bilhões no segundo trimestre de 2020. Embora negativo, o desempenho é consideravelmente inferior ao prejuízo líquido de R$ 13,4 bilhões informado pela companhia no primeiro trimestre (o maior de sua história). No trimestre encerrado em junho, o Ebitda ajustado da Suzano ficou em R$ 4,180 bilhões, com alta de 35% no comparativo anual, e de 38% ante o primeiro trimestre. A receita líquida somou R$ 7,996 bilhões no segundo trimestre, com salto de 20% em relação ao mesmo período de 2019 e alta de 15% em relação ao primeiro trimestre. As vendas de celulose da Suzano somaram 2,778 milhões de toneladas no segundo trimestre; superando em 25% o resultado informado em igual período do ano anterior.

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