O Banco do Brasil apresentou seu resultado do 2T20, no qual os destaques foram:
• Redução de 1,2% na receita financeira com operações de crédito, influenciada pela queda da TMS, pela alteração do mix na carteira PF e retração do crédito PJ com Grandes Empresas;
• A despesa financeira de captação foi favorecida pelo movimento de redução da TMS (-27,2%), com queda de R$ 725,09 milhões (-16,3%) no período. A variação observada na linha foi parcialmente compensada pela elevação do volume em depósitos de poupança (+9,6%), depósitos judiciais (+8,6%) e depósitos a prazo (+20,1%);
• O resultado de tesouraria ficou estável, reforçado pelo Banco Patagonia e parcialmente compensado pela redução nas receitas com títulos de renda fixa no Brasil;
• Decréscimo de 1,4% nas receitas com prestação de serviços na comparação semestral é explicado, principalmente devido a: a) Estrutural – com a redução da Taxa Selic, foi necessária a reprecificação de alguns produtos, em especial os fundos de investimentos; b) Pandemia – os efeitos da pandemia sobre o cenário econômico implicaram na redução da demanda por produtos e serviços;
• Na comparação com o 1T20, a redução de R$3,6 bilhões (0,5%) da carteira ampliada pode ser explicada pela queda da carteira de cartão de crédito para pessoas físicas, fruto do menor consumo com esse meio de
pagamento com redução de R$ 3,5 bilhões ou 12,1%. A linha de cheque especial desse segmento também sofreu retração, de 17% ou R$ 291 milhões;
• O Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,3 bilhões no 2T20, decréscimo de 25,3% em relação ao 2T19. O resultado foi influenciado, principalmente, pela resiliência da margem financeira bruta, pressão nas receitas com prestação de serviços, diminuição das despesas com risco legal e aumento da PCLD ampliada. O RSPL alcançou 11,9%. No comparativo semestral, o lucro líquido ajustado apresentou um decréscimo de 22,7% influenciado principalmente pelo aumento da PCLD ampliada, o RSPL alcançou 12,2%.
Impacto: Negativo. O banco apresentou resultados levemente inferiores aos esperados pelo consenso, impactados principalmente devido ao cenário adverso de pandemia e redução da taxa básica de juros. Entre bancos, nosso nome preferido segue sendo o Itaú.