A companhia registrou no 2T20 um lucro líquido de R$ 119,0 milhões e que se compara ao lucro de R$ 35,4 milhões do 2T19, explicado pela melhora no resultado operacional medido pelo EBITDA, resultado da estratégia de alocação de energia hídrica, da entrada em operação dos ativos solares e o controle das despesas operacionais.

Destaque para a melhora do resultado financeiro, por reestruturação de dívidas da companhia, com emissão de debênture a um menor custo e maiores prazos e reversão da provisão do processo de repasse de energia de Itaipu. No conjunto, esses efeitos positivos foram parcialmente compensados por aumento de impostos por maior base tributável. No primeiro semestre o lucro alcançou R$ 194,3 milhões e crescimento de 99,4% em relação ao 1S19.

Com base no resultado do 2T20 o Conselho de Administração aprovou a distribuição de R$ 132,9 milhões na forma de dividendos; sendo de R$ 0,06659831315 por ação ordinária e preferencial, e equivalente a R$ 0,33299156575/Unit. O pagamento será realizado em 23 de setembro de 2020. A data base (“record date”) será no dia 10 de agosto de 2020 e as ações passarão a ser negociadas “ex- dividendos” a partir de 11 de agosto de 2020. O payout é de 112% e o retorno estimado é de 2,3%.

Suas Units (TIET11) registram queda de 5,9% este ano para R$ 14,65 (valor de mercado de R$ 5,9 bilhões). O preço justo de R$ 17,00/unit traz um potencial de alta de 16,0%.

Destaques

O PLD médio para o submercado SE/CO no 2T20 foi R$ 75,43/MWh, 42,6% inferior que o valor registrado no 2T19 (R$ 131,41/MWh), explicado por medidas econômicas restritivas contra a pandemia; maior nível dos reservatórios; e (iii) menor despacho térmico.

No acumulado do ano, o PLD médio para o submercado SE/CO foi de R$ 131,91/MWh, uma redução de 36,5% comparado ao mesmo período de 2019; reflexo da redução da demanda da carga do sistema e maior nível dos reservatórios.

A receita operacional líquida alcançou R$ 475,2 milhões no 2T20, resultado 2,0% inferior ao 2T19 (R$ 485,1 milhões). A margem operacional líquida da companhia foi de R$ 362,9 milhões no 2T20, representando um incremento de 15,6% ante igual trimestre do ano anterior.

O EBITDA somou R$ 275,6 milhões no 2T20, com crescimento de 21,8% quando comparado ao 2T19, reflexo principal do incremento da margem líquida consolidada em todos os ativos da companhia e a manutenção das despesas operacionais entre os trimestres comparáveis.

O resultado financeiro líquido no 2T20 foi uma despesa de R$ 36,5 milhões, 63,6% menor do que a despesa de R$ 100,2 milhões; registrada no 2T19 principalmente em função do refinanciamento das dívidas e reversão de processo judicial.

Ao final do 1T20 a dívida líquida da companhia era de R$ 2,4 bilhões equivalente a 2,4x o EBITDA ajustado, e se compara a um endividamento líquido de R$ 2,9 bilhões no 2T19 e alavancagem de 2,9x. O custo médio da dívida era de 5,8% com prazo médio de 4,3 anos, sendo 100% em Reais.

A companhia anunciou ontem (5/ago) a aquisição do complexo eólico Ventus, da J. Malucelli, por R$ 650 milhões (enterprise value). Do montante de R$ 449 milhões, serão pagos 51% na data do fechamento da operação e 49% após 5 meses da data do fechamento, sem atualização monetária das parcelas; e (ii) assunção da dívida líquida do Projeto, cujo saldo estimado é de R$ 201 milhões.

Com a conclusão da Operação a AES Tietê passará a contar com uma capacidade instalada de 3,9 GW do seu portfólio 100% renovável. Este Projeto está alinhado à nossa estratégia de crescimento e diversificação e a potencial criação de um cluster eólico, no Rio Grande do Norte; em uma das regiões de melhores ventos do país.

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