Bottom line
- ADP decepciona significativamente para baixo na leitura do mês de julho, registrando 167k (esperado: 1200k). No entanto, junho foi revisto em 1945k (de 2369k para 4314k), mais do que compensando a decepção com o indicador no mês.
- O desvio padrão ainda muito elevado para parâmetros históricos nas expectativas, reforça a tese de que a surpresa em torno dos dados perde em poder de informação. O dado adiciona um viés negativo para o headline do Payroll, ao mesmo tempo que a indicação de indicadores de alta frequência é de perda de dinamismo no ritmo de recuperação do mercado de trabalho.
Comentário
- ADP decepciona significativamente para baixo na leitura do mês de julho, registrando 167k (esperado: 1200k). No entanto, junho é revisto em 1945k (de 2369k para 4314k), mais do que compensando a decepção com o indicador no mês.
- Por dentro do índice nota-se criação tanto em pequenas como em grandes empresas. (63k e 129k, respectivamente). No entanto, médias empresas, que tem entre 50 e 499 empregados, registraram destruição de -25k de vagas.
- Por setores, as destruições de vagas foram concentradas em construção, mineração e serviços financeiros principalmente. Os destaques de contratação ficaram no setor de serviços, principal afetado pela crise do COVID19. Assim a abertura do setor mostra destaque em professional and business services (+58k), education & health (+46k), trade, transportation and utilities (+41k) e leisure and hospitality (+38k).
- Para frente, ressaltamos que o ADP tende a ser bom previsor do payroll principalmente quando as surpresas em torno do headline são significativas (como é o caso aqui). No entanto, o desvio padrão ainda muito elevado para parâmetros históricos nas expectativas, reforça a tese de que a surpresa em torno dos dados perde em poder de informação. O dado adiciona um viés negativo para o headline do Payroll, ao mesmo tempo que a indicação de indicadores de alta frequência é de perda de dinamismo no ritmo de recuperação do mercado de trabalho.
EUA: ISM Services (julho)
Bottom line
- ISM Serviços surpreendeu positivamente as expectativas de mercado, subindo pelo terceiro mês consecutivo para 58.1 no mês de julho (esperado: 55; anterior: 57.1). Este é o maior headline desde fevereiro de 2019.
- Temos um indicador positivo em componentes relevantes para a atividade a frente (new orders e backlog), mas o componente de emprego permanece defasado e indica riscos para o Payroll na sexta-feira.
Comentário
- ISM Serviços surpreendeu positivamente as expectativas de mercado, subindo pelo terceiro mês consecutivo para 58.1 no mês de julho (esperado: 55; anterior: 57.1). Este é o maior headline desde fevereiro de 2019.
- A composição do índice foi positiva, com destaque para new orders, que subiu ao maior patamar já registrado (67.7) desde o início da divulgação do índice em 1997.
- Além de new orders, destaque para o avanço de business activity e backlog of orders. Por outro lado, surpresa negativa pelo lado de emprego, que caiu um ponto para 42.1 e, tal qual no indicador do setor manufatureiro divulgado na segunda-feira, permanece em território negativo. Já supplier delivery registrou nova queda para 55.2 (positivo, visto que a alta indicava ruptura nas cadeias produtivas).
- Pelo lado dos preços, destaca-se a queda de -4.8 para 57.6, revertendo parte do forte avanço registado no mês anterior.
- Assim, temos um indicador positivo em componentes relevantes para a atividade a frente (new orders e backlog), o que reforça a tese de recuperação cíclica da economia no terceiro trimestre (apesar de indicadores de alta frequência indicarem arrefecimento do ritmo), mas o componente de emprego permanece defasado indica riscos para o Payroll na sexta-feira.
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