A reversão no resultado foi formada a partir da queda de 37,6% na receita liquida, que passou de R$ 787,6 milhões no 2T19 para R$ 492,2 milhões no 2T20. A margem bruta caiu drasticamente de 30% no 2T19 para apenas 0,6% no 2T20. A companhia explica que os custos e despesas operacionais sofreram com a redução da demanda; principalmente nos meses de abril e maio, devido às medidas de restrição para aumentar o isolamento social. Houve forte impacto na eficiência dos custos e despesas fixas.

A Fleury menciona ainda que em março/20 iniciou um Plano de Contingências para a redução dos Custos e Despesas Operacionais fixos; afirmado ter tido êxito com a redução de R$ 102,4 milhões entre abril e junho, mitigando parte dos efeitos relacionados com a queda de volume das operações. No entanto, o lucro bruto do 2T20 foi de apenas R$ 2,6 milhões, apresentando redução de 98,8% no período comparativo, o pior desempenho após a listagem na B3.

O EBITDA alcançou R$ 19,6 milhões, com diminuição de 91,5% em comparação com 2T19 ajustado por efeitos não recorrentes. O EBITDA ex-IFRS 16, que inclui em seu cálculo os custo e despesas com aluguéis, ficou negativo em R$ 20,9 milhões.

Endividamento – A dívida bruta apresentou 78,9% de crescimento, resultado das captações realizadas no período, R$ 500 milhões em dezembro de 2019, R$ 150 milhões em março de 2020 e R$ 400 milhões em abril, com consequente impacto no caixa e equivalentes que aumentou sua posição em 283,8%. A dívida líquida cresceu 6,5%, e a relação com o EBITDA LTM correspondeu 1,4x. As captações visam as necessidades que possam surgir.

Investimentos – No 2T20, os investimentos apresentaram redução de 3,7%, atingindo R$ 40,1 milhões. Os investimentos na linha de Novas Unidades, Expansão de Oferta em Unidades Existentes e Áreas Técnicas apresentaram redução de 29,0%, não havendo investimento em novas unidades. A linha de TI/Digital retraiu 18,0%, exclusivamente com reduções relacionadas a investimentos em TI sem comprometimento da operação. Os investimentos em Digital apresentaram crescimento de 53,5%.

Fluxo de Caixa – No 2T20, o Fluxo de Caixa Operacional registrou R$ 65,5 milhões, diminuição de 60,0%. A diminuição observada é explicada pela redução de 90,7% do EBITDA e mitigada parcialmente pela melhora no capital de giro.

Plano de Expansão Orgânico e Aquisições – Em outubro de 2016 a Companhia divulgou a orientação de abertura de 73 a 90 novas unidades de atendimento até 2021, que compõem o plano de expansão orgânico.

Até o 2T20 foram inauguradas 54 unidades, correspondentes a 74% do ponto inferior da projeção.

Além das 54 unidades inauguradas no plano de expansão orgânico, a Companhia também realizou seis aquisições de marcas de medicina diagnóstica nos últimos anos; adicionando mais 72 novas unidades ao portfólio de marcas, sendo 36 unidades em regiões onde já possuía operação e 36 unidades em novas regiões.

Observação: Emitimos relatório em junho com recomendação de COMPRA com preço justo de R$ 29,00 para a ação com cotada a R$ 24,91 na data. Ontem, a FLRY3 encerrou cotada a R$ 25,63 com queda de 14,0% no ano. Estaremos revisando os números com base nestes resultados e no discurso da companhia em sua teleconferência. Os resultados deste período ficaram muito aquém das expectativas, mas a empresa tem um mercado e uma presença marcante no setor.

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