As emissões de debêntures incentivadas captaram em junho R$ 1,7 bilhão, valor referente a quatro séries vinculadas ao setor de Energia (Transmissão, Eólica, Biocombustíveis e Termelétrica). No acumulado do ano, as emissões alcançaram R$ 6,65 bilhões. Esse valor ficou abaixo dos R$ 10,39 bilhões atingidos no mesmo período do ano passado, o que representa uma redução de 36%. Os dados fazem parte da 79ª edição do Boletim de Debêntures Incentivadas; divulgada nesta quarta-feira (22/7) pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia.

O prazo médio das emissões vem apresentando tendência de alta desde 2016, chegando a 13,4 anos no período de janeiro a junho de 2020, com trajetória de redução desde 2015, em linha com a queda da curva de juros no mercado. De janeiro a junho de 2020, a remuneração média foi de IPCA + 5,8% ao ano; superior à remuneração média verificada em 2019, de IPCA + 4,7% ao ano, e inferior à média estabelecida de IPCA + 6,6% em 2018.

As debêntures incentivadas continuam apresentando liquidez no mercado secundário superior ao das debêntures não incentivadas e; em junho, apresentaram giro de 3,9% do estoque contra 2% das debêntures não incentivadas.

Entre as distribuições realizadas por meio de Oferta Pública (Instrução CVM nº 400/2003) e Oferta Restrita (Instrução CVM nº 476/2009), a participação dos investidores pessoa física na distribuição primária alcançou o montante de R$ 27,4 bilhões até junho de 2020, correspondendo a 30% do volume total de debêntures incentivadas distribuídas desde 2012. Na distribuição setorial do ano, predomina o setor de Energia, que concentrou 57% das emissões de janeiro a junho; seguido dos setores de Transporte/Logística e Saneamento, responsáveis, respectivamente, por 33% e 10% das emissões em igual período.

A demanda por Fundos de Infraestrutura vem decrescendo fortemente no ano. Em junho havia um total de 121.700 cotistas contra 179.228 em dezembro de 2019, representando, portanto, uma saída de 57.528 investidores.

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