CENÁRIO ECONÔMICO & MERCADOS
A proximidade dos 100.000 pontos do Ibovespa é a resposta primária dos investidores à uma série de questões ainda em aberto no mercado e na economia, tanto local quanto internacional.
O crescimento acima das expectativas das vendas ao varejo, em alguns pontos demonstrando inclusive recuperação das perdas do período pandêmico reforçam a visão de que a realidade está mais intensa do que as projeções.
Neste sentido, reforço a cautela com os números a serem divulgados no futuro, pois ainda que as projeções econômicas tenham ganho um caráter matemático/estatístico bastante intenso nos últimos anos (ainda bem), ainda resta aquele famoso α, aquela interferência humana que constantemente contamina o resultado final.
Outro ponto são as taxas de juros nominais e reais negativas no mundo que continuam a igualmente prestar o seu papel de “empurrar” os investimentos em série para o prêmio de maior risco e com isso, novos recordes do Nasdaq e a proximidade do mesmo das outras bolsas internacionais são a tendência de curto prazo.
Tal contexto continua baseado de características bastante frágeis, em partes na recuperação da atividade econômica em vista à reabertura das economias que passaram pelo pior da pandemia e no Brasil, os resultados vêm antes do processo de reabertura, onde os planos de manutenção de emprego e renda mínima parecem surtir o mínimo efeito desejado pela equipe econômica.
Mesmo assim, o que ocorre no mercado no curto prazo ainda parece “fazer sentido”; em vista à liquidez que em nenhum momento deixou de ser injetada nas economias mundiais.
Enquanto isso, avançam as tentativas de liderança na busca pela vacina, com China; EUA e comissão Europeia correndo em paralelo, uma corrida onde só há vencedores. A comissão Europeia inclusive garantiu acordos para tratamentos experimentais da Merck e da Roche.
O mercado se neste contexto em que uma série de incertezas começam a se dissipar e outras ainda estão constantes; porém com informacional muito melhor do que há um trimestre. Tudo isso não exime de se manter a necessária cautela, afinal, o vírus continua vivo e ativo no mundo.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com cautela após o rali mais recentes.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos com dados japoneses acima das expectativas.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao cobre.
O petróleo abriu em queda em Londres e em Nova York, mesmo com a retomada da demanda por gasolina.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,71%.