“A imagem da companhia é marcada por eventos do gênero, os investidores internacionais não toleram esses acidentes”

Moradores das zonas rurais de Ouro Preto e Itabirito, na Região Central de Minas Gerais, começaram a ser cadastrados para serem transferidos para hotéis da região, durante o mês de julho, nesta terça-feira, 30. Essa é uma medida preventiva depois da revisão e aumento na área que pode ser atingida por um possível rompimento de barragens de rejeito de minério de ferro da Vale. A mudança de segurança se deve a ampliação da Zona de Autossalvamento (ZAS) das barragens Forquilha I, II, III, e IV e Grupo, da Complexo de Fábrica da Vale. Dessa forma, estudos passaram a considerar que o rompimento das 4 estruturas ao mesmo tempo passou considerável. Contudo, Defesa Civil vai conduzir a realocação de forma planejada com o apoio da Vale. Ainda não foi divulgado o número de famílias que poderiam ser atingidas em caso de ruptura, no entanto, 11 famílias já foram retiradas da área no ano passado.

Daniela Casabona, e Sócia-Diretora da FB Wealth disserta sobre a importância da empresa para a bolsa e que notícia tem impacto negativo.  “Vale é considerada umas das ações mais promissoras da bolsa de valores, principalmente em momentos de pandemia, onde a relação com a China é bastante forte e importante para o nosso país. Mas com esse novo alerta a cia pode sofrer um grande impacto negativo, grandes fundos europeus já vêm sinalizando uma venda grande da posição por afirmar que a Vale não cumpre com as normas básicas de segurança. Dessa forma, uma nova notícia como essa pode abalar bastante a empresa e a aposta da economia, por ser uma empresa que poderia atrair mais estrangeiros”, explica Casabona.

Igor Mundstock, economista do Grupo Laatus fala sobre os danos econômicos e o impacto para os investidores estrangeiros. “A imagem da companhia é marcada por eventos do gênero e os investidores internacionais não toleram esses acidentes. A situação financeira da companhia é impactada, porque é preciso provisionar capital para o pagamento de indenizações e despesas. Isso retira recursos que poderiam ser utilizados para investimento, principalmente nesse momento em que enfrentamos a crise do coronavírus. A oscilação na cotação da VALE3 será um reflexo dos impactos nas suas finanças. Além disso, o rompimento causa danos econômicos. O minério de ferro é o produto mais exportado pelo Estado de Minas Gerais e mais um dano ambiental causaria uma piora econômica para a localidade”.

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