A maioria de nós pensa em dinheiro quase o tempo todo: quanto temos de saldo na conta, de quanto precisamos para trocar de carro, como conseguir mais dinheiro, como não perder o patrimônio acumulado.
Pensar muito sobre dinheiro seria muito bom se nos ajudasse a tomar decisões melhores. Mas não é isso que acontece. Lidar com o próprio dinheiro ainda é um desafio grande para muitas pessoas. Saber administrar os ganhos e gastos, ter um orçamento controlador e poupar para investir ainda parece ser uma realidade distante para grande parte dos brasileiros.
Mudar hábitos não é tarefa simples, pode levar anos de experiencia para desenvolver novos hábitos, mas os benefícios de ter uma vida financeira equilibrada vale todo o esforço.
Para Charles Duhigg, autor do livro O Poder do Hábito, é possível criar novos, positivos e poderosos hábitos intencionalmente através de um passo a passo:
- Identifique a rotina que quer modificar.
- Experimente novas recompensas. Afinal, qual o seu anseio?
- Isole essa deixa ou gatilho. Tenha certeza de que é aquele ponto que faz o seu cérebro executar a ação.
- Por fim, tenha um plano. Mapeie suas ações e o que vai fazer quando seu cérebro entrar no modo automático e a força de vontade estiver em baixa.
Segundo Duhigg, nós levamos, em média, cerca de 66 dias para criar um novo hábito.
Agora que você conheceu um pouco sobre hábitos e como pode desenvolve-los, separei aqui 6 hábitos fundamentais para não faltar dinheiro.
- Anote seus ganhos e gastos
Quando se trata de dinheiro, um mais um são sempre dois. Não existe meio termo. E é assim que devemos encarar a nossa realidade financeira. Controlando as entradas e saídas na ponta do lápis. Separe um caderno, uma agenda ou aplicativo no celular e comece a anotar todas as entradas e saídas dentro do mês. Assim você conseguirá analisar melhor os seus ganhos e gastos e entender, de fato, o seu perfil de consumo.
2. Viva um degrau abaixo no seu padrão de vida
Uma pesquisa realizada pelo SPC Brasil revelou que em cada 10 brasileiros, 4 extrapolam nos gastos e vivem fora do seu padrão de vida. Isso quer dizer que 25% dos brasileiros vivem com “a corda no pescoço”, e sem nenhum tipo de reserva.
Pergunte-se com frequência se você está conseguindo honrar todos os compromissos financeiros. E se você está conseguindo economizar para poupar e investir mensalmente.
A ideia aqui é colocar realmente os pés no chão e viver de acordo com sua real situação financeira, ou melhor, viver um degrau abaixo.
3. Controle as despesas
Esse hábito é indispensável para uma vida financeira saudável. Faça um levantamento de todas as dívidas que você possui. Quais são as suas despesas diárias e mensais.
Controle com afinco todas as suas despesas e, antes de contrair uma nova, faça uma análise se realmente é importante e se você tem condições de arcar com mais uma prestação dentro do mês.
Afinal, guardar é tão importante quanto saber gastar. Por isso descubra o que o ato de comprar representa para você e mude o seu ambiente para dificultá-lo.
4. Forme uma reserva para emergências
Como o próprio nome já diz, reserva de emergência é um valor que você precisa ter resguardado para qualquer eventualidade que venha acontecer na sua vida. A perda inesperada do emprego, uma doença na família, dentre outras eventualidades podem levar muitas pessoas ao sombrio mundo das dívidas ou a perda de bens que levou anos para conquistar. Qualquer um de nós está sujeito a algo que fuja ao nosso controle, o que muda é a maneira como cada um se prepara para lidar com essas mudanças de planos.
A reserva de emergência deve corresponder ao período de seis meses a um ano de despesas essenciais de uma pessoa. No entanto, cada um tem suas próprias necessidades essenciais e por isso a quantidade de meses e o valor pode variar para cada um. As despesas essenciais são contas residenciais, alimentação, transporte, saúde e lazer. Por isso uma recomendação de que se faça um levantamento detalhado das necessidades mensais para calcular quanto seria o valor ideal desta reserva.
5. Defina pequenas metas financeiras
Estabelecer metas financeiras, sejam elas grandes ou pequenas, é um hábito importante a ser desenvolvido.
A maioria das pessoas tendem a focar nas metas maiores e esquecer os objetivos financeiros menores. Isso faz com quem, muitas vezes, venha o sentimento de frustração quando as metas não são alcançadas.
Por isso, comece com as pequenas metas e celebre cada conquista. Por exemplo, guardar 100,00 no próximo mês. Ou não fechar o mês no cheque especial. Ou ainda estabelecer a semana de “zero consumo”.
6. Transforme seu Mindset Financeiro
O Mindset Financeiro é a maneira que estamos programados para pensarmos e lidarmos com dinheiro. Dessa forma, através de algumas mudanças no seu comportamento, você pode melhorar sua relação com as finanças.
Ter consciência financeira é o primeiro passo para transformar seu Midset.
Em seguida, e muito importante, é a mudança de crenças. É comum que pessoas com dificuldades financeiras possuam crenças negativas sobre dinheiro. Seja pensar que dinheiro vem de forma difícil e vai embora rápido, pensar que muito dinheiro é algo inerente a pessoas gananciosas, e tantas outras crenças que sabotam a mente de muita gente.
E por último, busque sempre aprender. A educação financeira é capaz de transformar vidas. Mas não fique apenas no campo da teoria, procure colocar em pratica cada novo aprendizado.
Até Breve!