A Degreed, plataforma de upskilling escolhida por uma em cada três empresas da Fortune 50, descobriu uma grande disparidade entre a forma como as diretorias executivas e os colaboradores enxergam a cultura de aprendizagem de suas empresas. Embora mais de 70% da diretoria executiva classifique a cultura de aprendizagem de suas empresas de forma positiva, menos de 30% dos colaboradores têm a mesma percepção. Dados do relatório da Degreed “Como a força de trabalho aprende” mostram que há um longo caminho pela frente para a implementação de uma cultura de aprendizagem robusta nas empresas, principalmente quando o ponto de vista das diretorias diverge da percepção dos aprendizes.
Kelly Palmer, diretora de Aprendizagem e Talento da Degreed e coautora do livro “Expertise Competitiva”, oferece cinco dicas de como as empresas podem fomentar uma forte cultura de aprendizagem:
- Apoio da gestão;
- Orientação feita sob medida;
- Tempo;
- Aprendizagem e coaching entre pares;
- Oportunidades para colocar habilidades em prática.
Apoio da gestão
Os gestores desempenham um papel crucial na criação de uma cultura de aprendizagem forte no local de trabalho, já que os promotores têm 270% mais chances de dizer que têm um gestor que apoia o seu desenvolvimento com a definição de planos e metas de desenvolvimento. Do outro lado, os opositores têm 92% mais chances de afirmar que não tiveram um apoio significativo da gestão para se desenvolverem ao longo do ano anterior. Os gestores precisam sentir que dispõem das power skills certas para abordar esses importantes assuntos de carreira com suas equipes e conduzir o coaching do desenvolvimento pessoal dos colaboradores. O sucesso ou o fracasso de uma verdadeira cultura de aprendizagem está nas mãos dos gestores, pois são eles que criam o ambiente onde o trabalho e a aprendizagem acontecem de fato.
Orientação feita sob medida
Cada vez mais os colaboradores querem orientações de como e do que aprender, especialmente em um cenário em que tantas incertezas políticas e econômicas assolam o mercado de trabalho. Tudo começa pela identificação de algumas (não mais do que três) habilidades que devem estar em foco, norteando os esforços de aprendizagem de cada um. Os gestores de pessoas podem conversar sobre planos individuais de aprendizagem e cocriar metas de aprendizagem com a equipe. Já as lideranças departamentais podem identificar as habilidades necessárias para executar suas estratégias de curto e médio prazo e usar os dados sobre habilidades, coletados dos sistemas de aprendizagem e RH, para colher mais insights e personalizar as oportunidades de aprendizagem.
Tempo
Hoje, os colaboradores dedicam apenas uma média de 24 minutos por semana a atividades educativas. Nesse ritmo, seriam necessários 24 anos para concluir o upskilling para uma nova função. O tempo pode ser o fator mais importante para quem escolhe aprender e, por isso, oferecer momentos de aprendizagem durante o expediente pode ajudar a fomentar uma cultura de aprendizagem positiva. Membros da diretoria executiva podem servir de modelo para esse comportamento compartilhando o que estão aprendendo, incorporando discussões sobre aprendizagem em suas reuniões de equipe e individuais e falando sobre a importância da aprendizagem em grandes eventos da empresa.
Aprendizagem e coaching entre pares
Estudos mostram que os colaboradores aprendem muito com colegas, especialmente quando o assunto são as power skills. No livro que David Blake e eu escrevemos, “Expertise Competitiva”, dedicamos um capítulo inteiro ao poder dos colegas. Estimule a colaboração e a troca de feedback entre os colaboradores — tanto formal, por meio de análises e classificações entre pares (nas quais um colega pode avaliar as habilidades de outro), quanto informalmente, no dia a dia de trabalho. O coaching entre pares é outra área em que as organizações podem aproveitar os vínculos entre as pessoas. Nesse caso, dois colaboradores conversam sobre seus objetivos e se ajudam no planejamento para cumpri-los. Isso pode aumentar a motivação e o senso de responsabilidade, e ainda estimular power skills como empatia e comunicação.
Oportunidades para colocar habilidades em prática
ara aprender de fato, é preciso mais do que apenas consumir conteúdos. É extremamente importante praticar, refletir e receber feedback, algo que eu chamo de “circuito de aprendizagem”. Os aprendizes podem reforçar novas habilidades por meio de atribuições desafiadoras, shadowing, novos projetos, voluntariado e mentoria. Talvez esta seja uma área desconhecida para as diretorias executivas, já que os promotores desse grupo têm apenas 32% mais chances de afirmar que já participaram dessas oportunidades, em comparação a 101% da força de trabalho geral. Shadowing ou mentoria reversa são duas atividades que podem ajudar os líderes a desenvolver suas habilidades e expandir suas experiências.
Sobre a pesquisa
Esta pesquisa foi conduzida nos meses de julho e agosto de 2021 pela Hanover Research. A Hanover ouviu 2.472 colaboradores de 15 países (em diversos setores: varejo, serviços de saúde, serviços financeiros, tecnologia, serviços profissionais, turismo e hotelaria) sobre os comportamentos, valores e suposições que levam a experiências positivas de aprendizagem e crescimento profissional no trabalho. Os participantes foram divididos em dois grupos: os que classificam a cultura de suas empresas como positiva (promotores) e os que a classificam como neutra ou negativa (opositores). O relatório esmiúça as diferenças entre esses dois grupos.
Sobre a Degreed
A Degreed estimula a inovação por meio da aprendizagem. Agente de mudança em escala mundial, a Degreed atende a uma em cada três empresas da Fortune 50 para disseminar uma cultura de aprendizagem no ambiente corporativo. Com uma experiência fluida, ajudamos os nossos aprendizes a identificarem as habilidades que já têm e a desenvolverem as habilidades de que precisam, adotando métodos de aprendizagem individuais, colaborativos e práticos para promover resultados no âmbito pessoal e profissional. Fundada em 2012, a Degreed tem sede em Pleasanton, na Califórnia, com usuários em 191 países.
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