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4 Best in Class do setor financeiro muito bem recomendadas

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Imagem: Freepik

Você pode ser investidor do banco em que tem conta, sabia? O Acionista traz quatro empresas do setor financeiro que não estão sempre na lista das mais recomendadas. Além disso, são Best in Class, ou seja, atendem aos principais critérios de sustentabilidade da B3: Itaúsa (ITSA4), Itaú (ITUB4); Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11).

“Na busca por diversificação muitas pessoas acabam comprando tudo e esquecendo de diversificar. Aqui existe uma confusão sobre o tema em que muitos acham que diversificar é comprar várias empresas, mas não é. Diversificar é comprar diferentes setores ou ativos que apresentam desempenhos diferentes conforme as circunstâncias”, explica o especialista de investimentos do Acionista, Gustavo Guerses.

Ou seja, segundo ele, não adianta o investidor ter quatro empresas do setor financeiro na carteira e pensar que é diversificação. “Se tivermos uma crise no setor financeiro, vou perder nos 4 ativos. Portanto, minha sugestão é escolher um entre os três: Itub4 e Itsa4 podemos dizer que são muito semelhantes e estão entre as alternativas mais “seguras” (mais estáveis). Santander e Bradesco são alternativas mais arriscadas (com maior volatilidade)”, afirma Guerses.

As Best in Class do setor financeiro

Itaúsa (ITSA4)

A Itaúsa (ITSA4) é uma das maiores empresas holding de investimentos do Brasil, de capital aberto, com mais de 45 anos de histórias. No seu portfólio, marcas líderes em seus segmentos: Itaú Unibanco, XP Inc., Dexco, Alpargatas, Aegea Saneamento, Copa Energia e Nova Transportadora do Sudeste (NTS). Registrou um aumento de 38,1% no lucro líquido recorrente no 1T24 em comparação com o mesmo período de 2023, subindo de R$ 2,595 bilhões para R$ 3,585 bilhões.

Já o resultado financeiro atingiu R$ 56 milhões, uma redução de 69% em comparação com o 1T23, principalmente devido ao pré-pagamento de R$ 2,5 bilhões no final de 2023, relativo à quinta emissão de debêntures, e à redução da taxa de juros no período. Os ativos totais somaram R$ 88,147 bilhões no 1T24, apresentando um aumento anual de 4,3%.

“Vislumbramos um cenário de maior diversificação para o longo prazo da companhia, onde esperamos que novos setores possam contribuir em maior potencial de ganhos de capital para a holding. A Itaúsa tem sido negociada com um desconto acima da média histórica entre seu valor de mercado dos seus ativos e passivos. Atualmente enxergamos uma boa oportunidade em Itaúsa, tanto como um player tradicional no pagamento de proventos, oferecendo um yield acima do seu principal veículo (Itaú Unibanco) quanto para ganho em termos de valorização do ativo vindo de novos investimentos e da performance do Itaú Unibanco”, afirmam os analistas do Inter.

Além disso, acreditam que a estratégia da holding de ampliar seus investimentos em companhias do setor de infraestrutura em redução à sua exposição ao setor financeiro, é altamente competitiva. A Itaúsa tem usado seu investimento na XP Inc. para fazer caixa e também usar na amortização das debêntures emitidas para a aquisição na CCR. 

Proventos

A Itaúsa comunicou em conjunto com o pagamento de JSCP de 0,02 por ação, um aumento de capital social onde sairá de R$ 63,5 bilhões para cerca de R$ 64,4 bilhões, cerca de R$ 1 bilhão, resultando em uma quantidade de ações a serem emitidas de 134.923.077 novas ações divididas entre 46.366.756 ações ordinárias e 88.556.321 ações preferenciais com um preço de emissão de R$ 6,50 por ação, onde foi considerada a média ponderada do preço das ações PN nos últimos 120 dias e ainda aplicado um deságio de 30%.

O acionista poderá subscrever entre o período de 24/08 a 22/09 as ações na proporção de 1,390757436% sobre cada espécie que detinha ON/PN até 17/08. Desta forma, para cada 100 ações o acionista terá direito a 1 ação a ser subscrita pelo custo de R$ 6,50. 

“Considerando o preço de mercado do último dia 23/08 o prêmio seria da ordem de 45,8% sobre o que for subscrito, contudo, sobre a posição financeira do acionista, o ganho seria da ordem de 0,4%, já que consideramos irrisória a proporção a ser subscrita. De todo modo, como nossas expectativas são positivas para a companhia e considerando nossa recomendação de compra e o prêmio ofertado sobre a subscrição, recomendamos participar da oferta”, comentam os analistas que recomendam compra.

Itaú (ITUB4)

O maior banco privado do Brasil apresentou no 1T24 considerado positivo, com lucro líquido recorrente gerencial de R$ 9,77 bilhões, equivalente a um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de 21,9%. “As dinâmicas do resultado foram similares às dos trimestres imediatamente anteriores, guardadas algumas dinâmicas sazonais típicas do 1T, com o resultado favorecido por boa dinâmica de receitas conjugada a despesas com provisões menores e custos sob controle”, afirmam os analistas do BB Investimentos sobre a maior empresa da Itaúsa.

A ações

Para o BB, havia um sentimento que era o das ações do Itaú estarem caras, mas essa sensação está dando lugar à leitura de que o prêmio cada vez mais se justifica pela excelência e consistência das entregas. 

“Por conta disso, temos observado frequentes reprecificações da ação, algo que já havíamos inclusive antecipado no relatório do 4T23, e que imaginamos que deva ser a tônica enquanto durar o bom momento. Pela qualidade dos resultados e boa execução da estratégia, as ações do Itaú estão em nossa Carteira Fundamentalista desde outubro de 2022, e também foram nossas Top Picks tanto em 2023, quanto em 2024, com suas ações sendo destaque de performance”, comentam os analistas do BB.

Entretanto, na visão deles, o fraco crescimento da carteira de crédito no comparativo anual, é o reflexo ainda do momento de seletividade visto ao longo dos últimos trimestres, e deve deixar de ser a tônica este ano. 

“Com a inflexão da inadimplência de maneira mais pronunciada como temos visto não apenas no Itaú, mas em diversos representantes do setor, é provável que vejamos o banco com mais confiança para voltar a crescer de forma mais pujante, compensando com volumetria o enfraquecimento de margem que devemos ver nos trimestres vindouros, dado o ambiente de juros em queda.”

A Genial também é compradora, com preço-alvo de R$ 40,60. “O Itaú continua sendo nossa preferência no setor financeiro”, comentam os analistas ressaltando que  as ações do Itaú ainda estão sendo negociadas com um valuation atrativo, apresentando um P/L de 7,8x para 2024 e um P/VP de 1,6x em 2024, além de um dividend yield interessante de 7,8% para 2024, dado que o banco deve aumentar o payout esse ano para distribuir o excesso de capital que vem acumulado. “Somente neste trimestre, o Itaú adicionou 20 bps em capital principal organicamente.”

Bradesco (BBDC4)

O 1T24 do Bradesco não decepcionou como no trimestre anterior. No geral, segundo o BTG Pactual, os números estavam alinhados com o que a administração havia indicado. O lucro ficou 4% e 9% acima da estimativa e do consenso atingindo R$ 4,2 bilhões (ROE de 10,5%), os NPLs melhoraram 30 pontos base tri/tri, a originação de empréstimos aumentou e o controle de custos foi sólido. O lucro líquido no 1T24 teve queda de 1,6%, na comparação com o mesmo período de 2023, totalizando R$ 4,211 bilhões. Por outro lado, o número é 46,3% maior do que o registrado no quarto trimestre de 2023.

“As más notícias continuaram a vir do NII e das receitas com prestação de serviços, uma vez que o processo de redução de risco iniciado no 2S22 ainda está “cobrando o seu preço”. Conforme sinalizado pelo CEO Marcelo Noronha, a recuperação da receita e, consequentemente, do lucro deve ser um processo “passo a passo”…”, comentam os analistas do BTG.

Segundo eles, a estimativa oficial para 2024 sugere lucro líquido abaixo de R$ 20 bilhões. O banco estima que os empréstimos cresçam 7-11%, a margem financeira total se expanda 3-7%, as receitas com prestação de serviços aumentem 2-6%, as despesas operacionais aumentem 5-9%, os seguros cresçam 4-8% e o custo do crédito (despesas com provisões) varie entre R$ 35-39 bilhões (-6% a/a). 

“Utilizando os pontos médios da projeção oficial e nossas próprias premissas para o restante do resultado, projetamos um lucro líquido entre R$ 18,5 bilhões e 20 bilhões para 2024, dependendo da alíquota de imposto considerada. Assumindo uma alíquota de imposto de 12%, chegamos a um lucro líquido de R$ 19,4 bilhões (+19% a/a; 11,7% ROE), 7% e 13% abaixo da nossa estimativa e do consenso. Continuamos cautelosos; Neutro reiterado.”

O que esperar de BBDC4?

Conforme o relatório do RI, a reestruturação do Bradesco segue os rumos certos. 

“A melhoria do perfil de crédito, a melhoria do mix de pessoa física na área de serviços, a melhoria da rentabilidade na seguradora, as despesas administrativas totais sob controle e a inadimplência em queda reforçam nossa visão.”

Segundo o banco, esta reestruturação diante dos resultados do 1T24, marca um ponto de inflexão relevante para a companhia. “2024 é um ano importante de transição e transformação para a execução do plano estratégico, o qual estamos vendo acontecer. 

Negociando a 6x lucros em 2025, acreditamos que a companhia está bem barata e tem um bom crescimento pela frente, considerando a melhoria operacional.”

Proventos

O Bradesco entrega um dividend yield atual de 5,66%. O banco pagou juros sobre o capital próprio (JCP) mensais em  2 de maio. O valor por ação ordinária que o investidor recebeu  foi de R$0,017249826 e por ação preferencial é de R$0,018974809. 

Santander (SANB11)

De acordo com o relatório do RI, o Santander apresentou crescimento nas carteiras de crédito pessoa física (+7,9%), com destaque para consignado (+16,8%), cartão de crédito (+7,8%) e crédito rural (+22%). No entanto, houve uma estabilidade na carteira de crédito PJ (+1%). “Com as novas safras das carteiras de crédito do banco apresentando melhorias significativas, a companhia pôde reduzir despesas com provisão e manter uma queda constante nos índices de inadimplência nas faixas de 15 a 90 dias (3,8% no 1T24 ante 4,5% no 1T23).”

Para a empresa, o melhor ganho de rentabilidade veio de setores mais estáveis e rentáveis, como seguros e serviços, ao contrário do crédito, “que possui bastante impacto quando há melhoria/piora da economia”.Com as despesas gerais sob controle, o lucro líquido do Santander totalizou R$ 3,021 bilhões.

O que esperar de Santander?

Apesar de uma melhoria significativa nos resultados, bem como uma recuperação da rentabilidade, o Santander ainda está aquém dos seus concorrentes.  Pra fazer uma comparação, o ROE atual de Itaú Unibanco (ITUB3) e Banco do Brasil (BBAS3) está em 21,2% e 22%, respectivamente; o do Santander está em 14,1%.

“Há uma grande expectativa de melhoria nos resultados dos bancos ao longo do ano devido às reduções no PDD, bem como uma retomada no volume de carteiras de crédito. No entanto, achamos que a rentabilidade do Santander está muito aquém de seu maior par privado, o Itaú.”

Proventos

O dividend yield atual de SANB11 é de 5,73%. A companhia não anunciou novos pagamentos de proventos. 

Ágora diz que estratégia do banco vale a pena 

Para os analistas da Ágora, o Santander Brasil realizou uma dolorosa, mas necessária, limpeza de seu balanço entre 2022 e 2023, “reduzindo drasticamente o crescimento de seus empréstimos para melhorar a qualidade dos ativos”. Mas para eles, há sinais de que a estratégia está valendo a pena, uma vez que o banco registrou uma melhora significativa na lucratividade no 1T24. A

“Após quase dois anos difíceis, digerindo empréstimos ruins e receitas fracas, vemos o Santander Brasil de volta ao caminho para entregar rentabilidade (ROEs) de 16 a 17,5% em 2024 e 2025, acima da média dos últimos seis trimestres de 11,9%. Assim, estamos aumentando nossas estimativas de lucro líquido em 5,8% para R$ 14 bilhões estimados para 2024 e 8,0% para R$ 16,9 bilhões para 2025, 8,8% e 6,7% acima das estimativas do consenso para 2024 e 2025.” 

Os analistas elevaram a recomendação em dois níveis, para Compra (de Venda), impulsionado por uma perspectiva de rentabilidade mais elevada, juntamente com um valuation atraente. Segundo eles, há uma combinação boa de crescimento mais rápido dos empréstimos; um mix mais adequado; maiores ganhos de Tesouraria; e um menor custo de risco, que já começou a mostrar tendências positivas no 1T24. 

“As units SANB11 ainda estão sendo negociadas com descontos de 20% e 22% em relação à média histórica, a múltiplos de 1,2x o P/VPA estimados para 2024 e 7,7x o P/L para 2024, apesar de seu desempenho ter superado os pares nos últimos três meses. Portanto, elevamos nosso preço-alvo para o 2024 para R$ 37,00/unit (de R$ 32,00), com um potencial de valorização de 28% em relação ao preço atual.”

Acompanhe as recomendações Best in Class para investir hoje por aqui.

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Cátia Chagas

Editora e produtora de Conteúdo do Portal Acionista e Clube. Foco em mercado de capitais; empresas e ESG. Atua também em Jornalismo de Produto (certificada pelo Knight Center for Journalism in the Americas). Jornalista graduada PUCRS; Especialização em Comunicação Política pela UNISC; MBA em Comunicação e Marketing para Mídias Sociais na Universidade Estácio de Sá; Especialização em Gestão e Governança Corporativa aplicada a práticas ESG. Com passagem pelos veículos G1RS; GZH e Grupo Sinos.
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Editora e produtora de Conteúdo do Portal Acionista e Clube. Foco em mercado de capitais; empresas e ESG. Atua também em Jornalismo de Produto (certificada pelo Knight Center for Journalism in the Americas). Jornalista graduada PUCRS; Especialização em Comunicação Política pela UNISC; MBA em Comunicação e Marketing para Mídias Sociais na Universidade Estácio de Sá; Especialização em Gestão e Governança Corporativa aplicada a práticas ESG. Com passagem pelos veículos G1RS; GZH e Grupo Sinos.

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